Elas não querem criar? Apontamentos sobre a institucionalização do trabalho de criação publicitária no mercado de Porto Alegre
DOI :
https://doi.org/10.5216/33556Mots-clés :
Feminino. Criação publicitária. Trabalho. Ensino. Gênero.Résumé
Criaram os filhos, criaram revoluções, criaram asas, mas parece que não querem criar campanhas publicitárias. Este artigo investiga o fato de haver uma significativa dissonância entre o número de homens e mulheres nos departamentos de criação de agências de publicidade de Porto Alegre/RS, bem como nas salas de aula do curso de graduação em Publicidade e Propaganda da ESPM Sul, a partir da hipótese da institucionalização de papéis no mundo do trabalho, especialmente dentro das agências. O eixo central da nossa proposta está na identificação de mecanismos que legitimam a criação publicitária como espaço de atuação masculino, configurando a divisão sexual do trabalho no universo publicitário.
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