Mudanças de uso da terra e emissão de gases de efeito estufa: uma explanação sobre os principais drivers de emissão
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-6891v25e-77646EResumo
O aquecimento global é atribuído ao aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). As mudanças no uso da terra têm impactos significativos nas emissões de GEE, sendo responsáveis por aproximadamente 44% das emissões do país em 2019. Essa é uma revisão que aborda as principais rotas de formação dos GEE no solo com foco na influência das mudanças do uso da terra nas emissões de GEE. Constata-se que as emissões de CO2 pelo solo estão relacionadas à respiração de raízes, microrganismos e decomposição da matéria orgânica (MO) do solo, assim mudanças no uso da terra podem alterar as características do solo, favorecendo a intensificação das emissões de CO2. As emissões de CH4 pelo solo ocorrem em condições de anaerobiose por microrganismos metanogênicos, no entanto as mudanças no uso da terra, como a conversão de florestas em pastagens, podem aumentar as emissões de CH4 devido a uma maior concentração de microrganismos metanogênicos no solo. Já o N2O é produzido no solo durante o processo de nitrificação e desnitrificação por microrganismos, e a fertilização nitrogenada em áreas agrícolas pode aumentar as emissões de N2O, especialmente quando associada à umidade e disponibilidade de carbono orgânico no solo. Destaca-se a importância de compreender as dinâmicas de formação e emissão de GEE decorrentes das mudanças de uso da terra, pois estratégias eficientes de manejo podem reduzir essas emissões e contribuir para o cumprimento das metas do Brasil em relação à redução de GEE estabelecidas em acordos internacionais.
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