PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES UTILIZANDO-SE SÊMEN SEXADO DE TOUROS 5/8 GIROLANDO

Autores

  • Pábola Santos Nascimento Universidade Federal Rural de Pernambuco- Unidade Acadêmica de Garanhuns
  • Maiana Silva Chaves Universidade Federal Rural de Pernambuco- Unidade Acadêmica de Garanhuns
  • Antônio Santana dos Santos Filho Instituto Agronômico de Pernanbuco
  • Sebastião Inocêncio Guido Instituto Agronômico de Pernambuco
  • Maria Madalena Pessoa Guerra Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Cláudio Coutinho Bartolomeu UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNANBUCO

DOI:

https://doi.org/10.1590/cab.v16i3.32156

Palavras-chave:

blastocisto, bovino, CASA

Resumo

Avaliou-se a taxa de produção de blastocisto “in vitro” utilizando-se o sêmen bovino sexado. Foram utilizados três reprodutores para verificar a variação individual do sêmen, taxas de clivagem e produção embrionária. O trabalho utilizou-se de biotécnicas reprodutivas, análise computadorizada do sêmen pós-descongelação e sondas fluorescentes para análises de integridade da célula espermática (membrana plasmática, membrana acrossomal e potencial mitocondrial). Um total de 959 oócitos passou por etapas de maturação in vitro, fertilização in vitro (sexado, n= 473; convencional, n = 486) e cultivo in vitro. A taxa de clivagem foi observada no D2 e a de blastocistos no D7. Os dados foram analisados pelo programa SPSS 16.0 empregando-se a análise de variância (ANOVA), sendo o teste t-Student usado para detectar diferenças entre os grupos e o Qui-quadrado  para análise dos resultados da produção in vitro (P< 0,05). Os resultados diferiram entre o sêmen convencional (31,06%) e sexado (21,10%) para produção de blastocisto. Quando comparada a produção de blastocisto individualmente nas amostras de sêmen sexado (27,69%; 17,93% e 25,56%, touros 1, 2 e 3, respectivamente), percebeu-se que T2 < T1 e T1=T3 e T2=T3. Quanto às análises de cinética espermática, as amostras de sêmen sexado mostraram diferenças entre os touros nas variáveis velocidade curvilínea, velocidade linear e velocidade do trajeto em que o T1(117,7±1,6 µm/s; 60,0±0,3 µm/s; 73,6±0,4 µm/s, respectivamente) quando comparado aos touros T2 (80,2±2,3 µm/s; 47,0±2,0 µm/s; 57,7±0,9 µm/s, respectivamente) e T3 (86,4±5,7 µm/s; 46,2±2,7 µm/s; 53,8±2,8 µm/s, respectivamente) obteve valores mais elevados. As análises da integridade da célula espermática não diferiram entre as amostras de sêmen convencional, já no sêmen sexado a integridade de membrana foi a variável que diferiu estatisticamente entre os touros, em que o T1 (38 ±2,7) diferiu do T3(53,8± 1,8) (P=0,009), mas não divergiu do T2 (44,1±4,4). É possível concluir que o sêmen sexado foi menos eficiente na produção de blastocisto quando comparado ao sêmen convencional. As análises de cinética e de integridade foram compatíveis com o potencial fertilizante das amostras de sêmen em touros da raça 5/8 Girolando.

Palavras-chave: bovino; CASA; FIV.


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Biografia do Autor

Pábola Santos Nascimento, Universidade Federal Rural de Pernambuco- Unidade Acadêmica de Garanhuns

Graduada no Curso de Medicina Veterinária da Faculdade Pio Décimo (2007-2011). Mestre em Sanidade e Reprodução de Ruminantes pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, na Unidade Acadêmica de Garanhuns (2012-2014).  Atua principalmente no desenvolvimento de pesquisas na área de Reprodução animal.

Maiana Silva Chaves, Universidade Federal Rural de Pernambuco- Unidade Acadêmica de Garanhuns

Mestranda do curso de pós graduação em Sanidade e Reprodução de Ruminantes

Antônio Santana dos Santos Filho, Instituto Agronômico de Pernanbuco

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1985), mestrado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1998) e doutorado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (maio de 2004). Atualmente é pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, colaborador da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco e financiamento de pesquisa da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco. Tem experiência na área de Reprodução Animal, com ênfase em Transferência de Embriões, atuando principalmente nos seguintes temas: embrião, dinâmica folicular,anestro pós-parto, superovulação e girolando

Sebastião Inocêncio Guido, Instituto Agronômico de Pernambuco

Médico Veterinário, graduado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE em 1996, com mestrado em Reprodução Animal (1999) e doutorado em Ciência Veterinária (2005), também pela UFRPE. Pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA. Atuação na área de Reprodução Animal, com ênfase em Reprodução Assistida de Ruminantes, principalmente nos seguintes temas: ginecologia, manejo reprodutivo de gado leiteiro, inseminação artificial, transferência de embriões, produção in vitro de embriões, tecnologia de sêmen e ultrassonografia.

Maria Madalena Pessoa Guerra, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1982), mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1992), doutorado em Ciência Animal pela Escola de Veterinária-UFMG (1998), especialização em Reprodução Animal pelo INIA-Madri (1999) e pós-doutorado na Universidade de Sidney-Austrália (2004). Professora Associado 4 da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ministrando a disciplina Andrologia e Biotecnologia da Reprodução no curso de Medicina Veterinária. Professora e orientadora nos Programas de Pós-graduação &quot;Ciência Animal Tropical&quot; e &quot;Sanidade e Reprodução de Ruminantes&quot; da UFRPE. Representante do curso de doutorado em Biotecnologia da RENORBIO no Estado de Pernambuco (2006-2012). Professora e orientadora no curso de doutorado em Biotecnologia da RENORBIO. Consultora Ad Hoc das revistas Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Ciência Veterinária nos Trópicos, Ciência Rural, Ciência Animal, Human and experimental toxicology, Reproductive Biology e Animal Reproduction Science. Foi Membro do Conselho Fiscal e Representante Estadual do Colégio Brasileiro de Reprodução Animal no período de 2005-2007. Coordenadora da área de Medicina Veterinária na CAPES no triênio 2011-2013. Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UFRPE desde julho de 2013. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Andrologia e Biotecnologia da Reprodução Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: sêmen, avaliação, sexagem e criopreservação.

Cláudio Coutinho Bartolomeu, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNANBUCO

CLAUDIO COUTINHO BARTOLOMEU CONCLUIU O DOUTORADO EM REPRODUCAO ANIMAL PELA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO EM 2003. ATUALMENTE E PROFESSOR ADJUNTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNANBUCO - CAMPUS RECIFE. PUBLICOU ARTIGOS EM PERIODICOS ESPECIALIZADOS E TRABALHOS EM ANAIS DE EVENTOS. PARTICIPOU DO DESENVOLVIMENTO DE 5 PRODUTOS TECNOLOGICOS. PARTICIPOU DE 21 EVENTOS NO BRASIL. ORIENTOU TRABALHOS DE CONCLUSAO DE CURSO NA AREA DE MEDICINA VETERINARIA. ATUA NA AREA DE MEDICINA VETERINARIA, COM ENFASE EM FISIOPATOLOGIA DA REPRODUCAO ANIMAL, ATUALMENTE VEM DESENVOLVENDO JUNTO AO DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA ATENDIMENTO NA ÁREA DE OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA, INCLUINDO CIRURGIAS OBSTÉTRICAS. EM SUAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS INTERAGIU COM 80 COLABORADORES EM CO-AUTORIAS DE TRABALHOS CIENTIFICOS.

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Publicado

2015-07-30

Como Citar

NASCIMENTO, P. S.; CHAVES, M. S.; DOS SANTOS FILHO, A. S.; GUIDO, S. I.; PESSOA GUERRA, M. M.; BARTOLOMEU, C. C. PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES UTILIZANDO-SE SÊMEN SEXADO DE TOUROS 5/8 GIROLANDO. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 16, n. 3, p. 358–368, 2015. DOI: 10.1590/cab.v16i3.32156. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/32156. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Produção Animal

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