Paisagens do Norte na Literatura
entre estaticidade e movimento
DOI:
https://doi.org/10.5216/teri.v14i2.80503Palavras-chave:
Literatura na Amazônia, Paisagem, Ditadura, SemióticaResumo
Este artigo apresenta reflexões sobre o conceito de paisagem, considerando suas representações na literatura. Para isso, seleciona dois romances como objeto de análise: A morte no bordado, de JJ Leandro (2009) e A figa verde e a misteriosa mulher de branco, de Paulo Roberto Ferreira (2024). São dois escritores que trazem narrativas que se desenvolvem na região compreendida como pertencente à Amazônia Legal. No primeiro, o efeito de sentido que persevera é o da paisagem compreendida em sua dimensão de estaticidade, ao menos como memória figurativa; no segundo, encontra-se uma paisagem em movimento, dada a incessante transformação que se opera por ordem dos interesses do capital que avança sobre a região. Como fundamentação teórica, mobilizaram-se categorias da semiótica discursiva e da geografia.
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