Revista Terceiro Incluído https://revistas.ufg.br/teri <p>A <strong>Revista Terceiro Incluído</strong> (ISSN: 2237-079X) é um periódico de <strong>acesso livre</strong> e <strong>fluxo contínuo</strong> vinculado à Universidade Federal de Goiás (UFG), que aceita submissões de artigos interdisciplinares. Classificada pelo sistema Qualis-Periódicos, a revista abrange as áreas de Geografia, História, Sociologia, Ciências Agrárias, Ciências Ambientais, Ensino, Educação e Saúde Coletiva.</p> <p>Para <a href="https://revistas.ufg.br/teri/submission/wizard">Enviar Submissão</a> consulte as <a href="https://revistas.ufg.br/index.php/teri/about/submissions#authorGuidelines">Diretrizes para Autores</a> e o <a href="https://docs.google.com/document/d/1_Ymt0pvNBWW_AeLjqUdZShQE-Ly1BrBH/edit?usp=sharing&amp;ouid=110100385322971327100&amp;rtpof=true&amp;sd=true">Template da Revista</a> .</p> UFG - Universidade Federal de Goiás pt-BR Revista Terceiro Incluído 2237-079X Adonias Filho, el paisaje como locus horribilis https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80570 <p>Este trabajo analiza parte de la obra de Adonias Filho, bajo la perspectiva del paisaje. La narrativa adoniana utiliza el paisaje como un "locus horribilis", donde la naturaleza agrede y atormenta a los personajes, reflejando su brutalidad y desesperación. A través de novelas como <em>Os Servos da Morte</em>, <em>Corpo Vivo</em> y <em>Memórias de Lázaro</em>, el paisaje deja de ser un simple escenario y se convierte en un personaje más, que moldea el destino de los personajes. En <em>Os Servos da Morte</em>, el entorno refleja la violencia y alienación de la familia Duarte, mientras que en <em>Memórias de Lázaro</em>, el valle representa una prisión tanto física como existencial. En <em>Corpo Vivo</em>, el paisaje actúa como refugio y protección para Cajango, un personaje que busca venganza tras la masacre de su familia. Adonias Filho rompe con las estilísticas de su época, explorando la selva atlántica como un espacio cargado de simbolismo trágico y sublimidad, combinando la tradición clásica con técnicas narrativas innovadoras. En su obra, el paisaje grapiúna es más que un entorno; es un ente que acoge y expulsa, un testimonio del conflicto humano con la naturaleza y con sus propias pasiones más oscuras.</p> George Hamilton Pellegrini Ferreira Copyright (c) 2024 George Hamilton Pellegrini Ferreira http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14201 e14201 10.5216/teri.v14i2.80570 “A Céu Aberto” - Paisagens de Serra Pelada representadas na obra de Airton de Souza https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80967 <p>O romance "Outono de Carne Estranha", de Airton Souza, nos transporta para o coração do maior garimpo a céu aberto do mundo: Serra Pelada. Nos anos 1980, essa cratera gigante no Pará atraiu milhares de pessoas em busca da fortuna do ouro, transformando a região em um verdadeiro formigueiro humano. A obra de Souza, ambientada nesse contexto caótico, acompanha as vidas de Zuza e Manel, dois garimpeiros que buscam não só o ouro, mas também um refúgio da solidão e um escape da realidade cruel. A relação homoafetiva entre eles desafia os tabus de uma época marcada pela violência e pela intolerância. Além do drama pessoal dos personagens, o romance também explora a dimensão espiritual da tragédia de Serra Pelada. Zacarias, um padre em crise, questiona sua fé diante da miséria e da violência que testemunha, adicionando uma camada de complexidade à narrativa e convidando o leitor a refletir sobre o papel da religião em um espaço marcado pela desigualdade. A obra de Souza, ao retratar as paisagens desoladas de Serra Pelada, as condições precárias de trabalho e a devastação ambiental, nos convida a uma profunda reflexão sobre os impactos sociais e ambientais da busca desenfreada por riquezas. O romance, ao mesclar ficção e realidade, transforma Serra Pelada em um símbolo atemporal da ganância humana e da fragilidade da natureza ampliando nossas imaginações espaciais.</p> Gleys Ially Ramos Juliete Oliveira Maria Ecilene Nunes da Silva Copyright (c) 2024 Gleys Ially Ramos, Juliete Oliveira, Maria Ecilene Nunes da Silva http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14202 e14202 10.5216/teri.v14i2.80967 Maria, a louca https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80545 <p>Analisamos os recursos imagéticos utilizados para constituição da experiência evocativa do personagem Günter e o grupo de operários alemães em interação com a paisagem amazonense no romance <em>Mad Maria</em> (1980), do escritor amazonense Márcio Souza. A integração entre geografia e literatura permite uma análise aprofundada do espaço como uma construção cultural e social, ampliando a compreensão das interações complexas entre o ser humano e o ambiente natural. Teoricamente, este estudo baseia-se nos conceitos do dialogismo bakhtiniano, além da definição geográfica de paisagem e espaço.</p> Weigma Michely da Silva Érica de Cássia Maia Ferreira Márcio Melo Araújo Copyright (c) 2024 Weigma Michely da Silva, Érica de Cássia Maia Ferreira, Márcio Melo Araújo http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14203 e14203 10.5216/teri.v14i2.80545 Paisagens do Norte na Literatura https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80503 <p>Este artigo apresenta reflexões sobre o conceito de paisagem, considerando suas representações na literatura. Para isso, seleciona dois romances como objeto de análise: <em>A morte no bordado</em>, de JJ Leandro (2009) e <em>A figa verde e a misteriosa mulher de branco</em>, de Paulo Roberto Ferreira (2024). São dois escritores que trazem narrativas que se desenvolvem na região compreendida como pertencente à Amazônia Legal. No primeiro, o efeito de sentido que persevera é o da paisagem compreendida em sua dimensão de estaticidade, ao menos como memória figurativa; no segundo, encontra-se uma paisagem em movimento, dada a incessante transformação que se opera por ordem dos interesses do capital que avança sobre a região. Como fundamentação teórica, mobilizaram-se categorias da semiótica discursiva e da geografia.</p> Luiza Helena Oliveira da Silva Naiane Vieira dos Reis Silva Copyright (c) 2024 Luiza Helena Oliveira da Silva, Naiane Vieira dos Reis Silva http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14204 e14204 10.5216/teri.v14i2.80503 Paisagens Enlouquecidas e o Trabalho do Alienista https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80627 <p>Este texto é fruto de um estudo lítero-geográfico do conto “O Alienista”, de Machado de Assis. Por uma leitura geográfica da obra, buscou-se pela leitura da paisagem caracterizar a relação trabalho e adoecimento mental na atuação do Alienista. Itaguaí e suas paisagens são representadas em torno do Dr. Bacamarte e da criação da Casa Verde, instituição para tratamento de pessoas adoecidas mentalmente. Este estudo objetivou analisar as representações paisagísticas de Itaguaí como um olhar para a espacialidade, sua dinâmica e relação com o adoecimento e o trabalho do Alienista. Portanto, a análise a partir da paisagem se deu por meio da descrição dos elementos geográficos da vila (Gonçalves, 2021), na construção dos lugares narrativos (Silva, 2024) de Itaguaí. Foram estudadas as relações entre as personagens, destas com a espacialidade (dinâmica ou configuração espacial), destacando o olhar para os adoecimentos mentais, em especial, do Alienista. Com isso buscou-se alcançar o olhar do protagonista quanto as paisagens (formas, conteúdos e ações), para a caracterização das “insanidades”. As investigações do Dr. Bacamarte o fizeram elaborar teorias sobre a sanidade mental, sob as quais tentava encaixar a todos, terminando por enquadrar-se a si mesmo. Tal quadro nos ajudou a refletir sobre o uso da descrição das paisagens na construção da espacialidade da narrativa na interpretação lítero-geográfica. Dessa forma, buscou-se ler geografias possíveis na obra, por meio de uma aproximação entre geografia e literatura para a leitura do mundo.</p> John Carlos Alves Ribeiro Copyright (c) 2024 John Carlos Alves Ribeiro http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14205 e14205 10.5216/teri.v14i2.80627 Didática multissensorial e Geografia https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80811 <p>Este artigo tem por finalidade fazer uma investigação acerca do ensino de Geografia a partir do conceito de paisagem a pessoas com deficiência visual por meio da didática multissensorial, visando a autonomia desses alunos. Faz-se uma revisão sobre a história da deficiência visual e sobre os processos de inclusão e integração desses sujeitos em ambientes escolares. É por meio de uma interpretação acerca do conceito de paisagem, não sendo somente visível, que este artigo reflete maneiras de inserir, incluir e integrar a pessoa com deficiência visual ao meio ao qual faz parte e constrói. Por fim, propõe aos professores de Geografia alternativas no processo de ensino-aprendizagem por meio de práticas metodológicas não segregadoras. </p> Laís Neves Pereira Copyright (c) 2024 Laís Neves Pereira http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14206 e14206 10.5216/teri.v14i2.80811 Perspectivas da Paisagem https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80904 <p>Este trabalho apresenta o estudo da paisagem a partir de três perspectivas diferentes com base em correntes filosóficas: positivismo, fenomenologia e marxismo. Com o intuito de analisar esta categoria geográfica em diferentes pontos da cidade de Araguaína, foca em seus processos de formação, valores subjetivos e funcionalidade. A pesquisa foi desenvolvida ao longo da disciplina Teoria e Método em Geografia do curso de Geografia da Universidade Federal do Norte do Tocantins, obedecendo a procedimentos como leituras teóricas, registros a campo. Foram realizadas pesquisas a campo a partir das observações, descrições e compreensões dos pontos abordados, pautados nos pressupostos teórico/metodológico. Finalmente foi feita a discussão dos dados levantados e a produção da versão final do texto. À luz dos métodos mencionados, faz o esforço de aproximação teoria nas distintas perspectivas, de forma a relacionar a paisagem às práticas da sociedade local em suas interações com o meio ambiente tanto de forma objetiva como subjetiva, em suas divergências e sintonia.</p> Elias da Silva Daiane de Souza Reis Coelho Elaine da Silva Cordeiro Rosângela Pereira da Silva Guilherme Mendes Carneiro Copyright (c) 2024 Elias da Silva, Daiane de Souza Reis Coelho, Elaine da Silva Cordeiro, Rosângela Pereira da Silva, Guilherme Mendes Carneiro http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14207 e14207 10.5216/teri.v14i2.80904 Simbolismo https://revistas.ufg.br/teri/article/view/80515 <p>O presente trabalho pretende compreender o Simbolismo como um movimento literário em que a estética se sobrepõe à ética. Busca, assim, analisar como na poesia simbolista há a prevalência dos aspectos estéticos sobre os éticos, considerando os princípios e as características desse movimento literário do final do século XIX e as dimensões do ético e do estético na filosofia e nas artes. Trata-se de um estudo de cunho bibliográfico, com breve discussão teórica acerca das noções de ética e estética à luz dos estudos filosóficos, especialmente os de Amelia Valcárcel (2005) e Benedito Nunes (1991); discussões acerca do Simbolismo a partir de estudos como os de Edmund Wilson (1967) e Tzvetan Todorov (2014) e análise de poemas dos escritores simbolistas Stéphane Mallarmé e Cruz e Souza. Os estudos acerca da ética e da estética nos dão uma noção do quanto elas, por serem construções humanas, são complexas e evidenciam as tensões histórico-filosóficas que marcaram/marcam as discussões em torno do sentido da Arte e da vida. No campo da Literatura, há sempre a sobreposição de uma sobre a outra. No entanto, o predomínio de uma nunca faz desaparecer completamente a outra, de modo que, o predomínio da estética sobre a ética no Simbolismo não significa a total ausência da dimensão ética em toda a literatura desse período.</p> Cleuzeni Santiago da Silva Gilson Penalva Copyright (c) 2024 Cleuzeni Santiago da Silva, Gilson Penalva http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14208 e14208 10.5216/teri.v14i2.80515 Editorial https://revistas.ufg.br/teri/article/view/81280 Luiza Helena Oliveira da Silva Márcio Araújo de Melo Abílio Pachêco de Souza Copyright (c) 2024 Luiza Helena Oliveira da Silva, Márcio Araújo de Melo, Abílio Pachêco de Souza http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 14 2 e14200 e14200