JUSTIÇA CLIMÁTICA E EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO SOCIAL NO BRASIL

Autores

  • Bruno Milanez UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Igor Ferraz Fonseca Técnico de Planejamento e Pesquisa, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA– DF -, Diretoria de estudos do Estado, Instituições e Democracia – DIEST

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v1i2.17842

Palavras-chave:

Justiça Climática, Desigualdade, Mudanças Climáticas

Resumo

RESUMO: Eventos climáticos extremos vêm sendo noticiados em diferentes cidades do Brasil. Embora ainda não seja claro se eles já são conseqüência das mudanças climáticas, não há muita discussão sobre o fato de que tais eventos se tornarão cada vez mais freqüentes e intensos nos próximos anos. Além disso, os atores sociais que são geralmente mais vulneráveis a esses eventos são aqueles que menos contribuem para a mudança do clima. Tal desigualdade referente às responsabilidades e aos impactos sofridos deu origem ao conceito e movimento global por Justiça Climática. O objetivo deste artigo é demonstrar que, apesar de eventos de injustiça climática já serem perceptíveis no Brasil, o discurso da Justiça Climática ainda não foi incorporado de forma consistente no país. Para tanto, realizamos pesquisa documental nos principais jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro, para identificar se houve a incorporação do conceito de Justiça Climática na análise das causas de enchentes que ocorreram nessas cidades em dezembro/2009 e abril/2010. Os resultados sugerem que os meios de comunicação, a sociedade em geral e as comunidades atingidas em particular, ainda não associaram claramente episódios de injustiça ambiental, eventos climáticos extremos e mudanças climáticas. As conclusões acentuam que os grupos atingidos deveriam incorporar o discurso da Justiça Climática com a finalidade de influenciar as decisões públicas de forma que as correções paliativas que vêm sendo adotadas no tratamento de eventos climáticos extremos se tornem políticas estruturantes de redução de vulnerabilidade e de adaptação às mudanças climáticas.

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Biografia do Autor

Bruno Milanez, UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora

Dr. Prof. Adjunto, Universidade Federal de Juiz de Fora. Graduado em Engenharia de Produção, UFRJ (1999), Me. em Engenharia Urbana, UFSCAR (2002), Dr. em Politica Ambiental pela Lincoln University (2006). Revisor de periódico da Ciência & Saúde Coletiva, Revisor de periódico da Journal of Cleaner Production, Revisor de periódico da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde; Revisor de periódico do Gestão & Produção (UFSCAR. Impresso). Tem experiência em Ciência Política, ênfase em Políticas Públicas. Atua principalmente nos temas: Modernização ecológica, Políticas ambientais, Gestão Ambiental. bruno.milanez@ufjf.edu.br

Igor Ferraz Fonseca, Técnico de Planejamento e Pesquisa, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA– DF -, Diretoria de estudos do Estado, Instituições e Democracia – DIEST

Técnico de Planejamento e Pesquisa, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA– DF -, Diretoria de estudos do Estado, Instituições e Democracia – DIEST. Doutorando em Desenvolvimento Sustentável, Mestre em Multidisciplinaridade, UNB (2009), pós-graduação em Sociologia, UNB (2007). Atua principalmente nos temas: Free-riders e Governança ambiental, Ação racional, Empoderamento e Ambientalismo.

igor.fonseca@ipea.gov.br

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Publicado

2011-12-30

Como Citar

MILANEZ, B.; FONSECA, I. F. JUSTIÇA CLIMÁTICA E EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO SOCIAL NO BRASIL. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 1, n. 2, p. 82–100, 2011. DOI: 10.5216/teri.v1i2.17842. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/17842. Acesso em: 22 dez. 2024.