Políticas e programas de formação continuada de alfabetizadores: avanços e limites
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v33i1.74592Resumo
Esse texto apresenta os resultados de pesquisa que buscou apontar os limites e possibilidades dos programas
implementados para formação de alfabetizadores no contexto neoliberal. O estudo teve como pressuposto o
materialismo histórico-dialético, utilizado como fio condutor das análises realizadas e aporte teórico dos seguintes
autores: Duarte (2006, 2008 e 2010), Saviani (2007, 2009) e Shiroma (2011). Para empreendimento do estudo a
investigação foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica e documental. A política de formação de professores
alfabetizadores e alfabetização foram consideradas como categorias de análise singular neste estudo, pois
permitiram estabelecer relações com o contexto mais amplo, o universal, por meio da análise da totalidade e seus
determinantes. O singular e o universal foram categorias que se inter-relacionam por meio do particular, que neste
estudo foram expressas por meio de documentos legais de implantação e implementação dos programas. Os
resultados permitem inferir que as políticas de formação de professores são caracterizadas como políticas de
governo, sendo marcadas pela descontinuidade das ações. Outra questão que sobressai na formulação das políticas
e programas é a forte influência dos organismos internacionais e a presença da linha epistemológica tecnicista que
tem embasado a formação continuada de professores.