A criação de sinais em libras por meio de pessoas ouvintes
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v32i2.70843Resumo
Este trabalho traz reflexões sobre as discussões bibliográficas presentes na literatura das línguas de sinais, no caso da Libras, sobre os paradigmas que envolvem o processo de criação de sinais por seus usuários, pessoas surdas e ouvintes, habilitados para criarem sinais que são validados pela comunidade surda. Busca-se saber a participação efetiva da pessoa ouvinte nesse processo. Para tanto, são levantados, brevemente, alguns elementos motivacionais, linguísticos e socioculturais na formação desses sinais, assim como os aspectos relacionados aos parâmetros que constituem os sinais do léxico da língua, seu contexto de uso e a construção do significado desse sinal, seja no âmbito da arbitrariedade ou da iconicidade nesse processo de formação. A metodologia utilizada foi a analítica qualitativa de investigação bibliográfica com a finalidade de conhecer as possíveis pesquisas nessa área de criação de sinais em Libras. Como resultados da pesquisa, percebe-se que ainda temos pouco conteúdo científico sobre o assunto, dificultando assim a compreensão do envolvimento da pessoa ouvinte na criação de
sinais, pode-se concluir, no entanto, que surdos e ouvintes são usuários da Libras e fazem parte da comunidade surda.