O Ensino Médio noturno e o mundo do trabalho: rasura e permanência (1971-1996)
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v21i1.16306Resumo
Este artigo problematiza a aparentemente necessária relação entre escolarização e trabalho na legislação brasileira referente ao Ensino Médio (em especial, considera as leis 5.692/71, 7.044/82 e 9.394/96) e defende uma visão menos estereotipada do jovem e do adulto estudante e das razões que os levam a buscar a escola e a formação no turno noturno. Essa tentativa de fazer uma nova leitura do(a) aluno(a) da escola noturna atesta que um modelo próprio para os cursos noturnos, em que o trabalho seja o principal – e muitas vezes o único – eixo norteador, é inviável e, mais do que isso, indesejável. Mostra que os significados compartilhados e os símbolos específicos que sinalizam o pertencimento a um determinado grupo, para o aluno do noturno, não são (apenas ou principalmente) os relacionados ao mundo do trabalho. Pelo contrário, na maioria dos casos, o estudante trabalhador tem frequentemente dificuldades em se inserir socialmente no(s) grupo(s) que se forma(m) no turno noturno, nas escolas. Precisamos nos atentar para o fato de que estudantes do noturno não são necessariamente trabalhadores – e mais: preocupam-se com o estereótipo de que o ensino a eles facultado é “mais fraco” em relação àquele facultado aos estudantes dos turnos matutino ou vespertino, em razão de, supostamente, terem menos tempo disponível para a escola.Downloads
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Publicado
2011-11-24
Como Citar
COSTA, D. M. V.; ZANIN, L.; DALVI, M. A. O Ensino Médio noturno e o mundo do trabalho: rasura e permanência (1971-1996). Revista Polyphonía, Goiânia, v. 21, n. 1, p. 315, 2011. DOI: 10.5216/rp.v21i1.16306. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/305. Acesso em: 19 nov. 2024.
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