AS CONTRIBUIÇÕES DA SEMIÓTICA PEIRCEANA À ANÁLISE SÍGNICA DA CARTOGRAFIA TÁTIL
Palavras-chave:
ensino de Geografia, cartografia tátil, semiótica, pensamento e raciocínios geográficosResumo
É sabido que o ensino de Geografia tem a responsabilidade de viabilizar a elaboração do pensamento e de raciocínios que lhes são próprios. Considerando a potência transformadora e crítica da análise geográfica da realidade, é imprescindível que todos os alunos tenham a possibilidade de desenvolver tal cognição. Nesse processo, a linguagem cartográfica, que é capaz de representar fenômenos e objetos pelo viés da espacialidade, é indispensável. Por se estruturar visualmente, no ensino de alunos com deficiência visual a Cartografia Tátil assume a função de adequar os signos gráficos e tornar acessíveis os conhecimentos cartográficos e geográficos. A partir dos fundamentos já consolidados da Cartografia Tátil objetiva-se analisar tal linguagem mediante a Semiótica de Charles S. Peirce, a qual é uma teoria que contempla sistemas sígnicos verbais e não verbais advindos dos contextos cultural e natural. Assim, questiona-se: quais análises a Semiótica peirceana permite elaborar em relação à estruturação dos signos gráficos de expressão visual e tátil, bem como ao processo de semiose de sujeitos com deficiência visual? Enfatiza-se que as reflexões propostas se fazem pertinentes, uma vez que a ausência ou restrição do sentido da visão não impossibilitam o desenvolvimento do pensamento e de raciocínios geográficos.