As representações cartográficas e o trabalho de campo no ensino de Geografia: o estudo da diáspora africana no bairro da Liberdade em São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/signos.v6.80996

Palavras-chave:

necropolítica, geossímbolos, raciocínio-espacial, subversão dos mapas

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o papel dos mapas no trabalho de campo em contexto de ensino-aprendizagem em uma turma dos anos finais do Ensino Fundamental. Para o desenvolvimento da pesquisa, os mapas apresentam-se como instrumentos de investigação de modo que a sobreposição de camadas dos espaços-tempos no território urbano revelam as transformações da paisagem. Delimitamos o bairro da Liberdade na cidade de São Paulo enquanto expressão do apagamento histórico-geográfico afro-brasileiro como processo da necropolítica e a sua consequência da urbanização. Utilizando-se dos mapas antigos da cidade e mapas mentais feitos pelos estudantes, mobilizou-se a concepção de representações sociais e procurou-se envolver o movimento catártico dos alunos, obtendo resultados no raciocínio cartográfico e compreensão dos geossímbolos da territorialização indígena-negra. Da filosofia pedagógica, abordamos a perspectiva Histórico-crítica da valorização do sujeito como agente transformador trazendo o olhar da subversão racial no bairro da Liberdade. A pesquisa fundamenta-se na metodologia qualitativa sobre o estudo da cidade e sua formação social, racial, espacial e territorial por meio do raciocínio fenomenológico, buscando a essência do racismo na cidade e a consciência na perspectiva educacional antirracista.

Biografia do Autor

Mateus de Sousa Nonato, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, mateusdsnonato@usp.br

Graduando em bacharelado e licenciatura no curso de Geografia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Bolsista de iniciação cientifica pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado São Paulo (Fapesp) atuando em pesquisa sobre ensino de Geografia e educação antirracista no espaço urbano.

Endereço profissional: Avenida Professor Lineu Prestes, 338. Cidade Universitária - São Paulo – SP. CEP: 23914360.

E-mail: mateusdsnonato@usp.br

Ayana Kissi Meira de Medeiros, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, ayanakissi@usp.br

Mestranda em Geografia pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora do Ensino Fundamental II e Ensino Médio na Prefeitura Municipal de São Paulo. Participa do Núcleo de Estudantes e Pesquisadoras Negras da Geografia da USP (NEPEN). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: valorização cultura africana, espacialidades, corpos negros e ensino de Geografia.

Endereço profissional: Avenida Professor Lineu Prestes, 338. Cidade Universitária - São Paulo – SP. CEP: 23914360

E-mail: ayanakissi@usp.br

Paula Cristiane Strina Juliasz, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, paulacsj@usp.br

Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), mestra e graduada (bacharel e licenciatura) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Rio Claro). Professora Doutora do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH - USP), atuando na área de Ensino de Geografia.

Endereço profissional: Departamento de Geografia Secretaria do PPGH. Avenida Professor Lineu Prestes, 338. Cidade Universitária - São Paulo – SP. CEP: 23914360

Email: paulacsj@usp.br

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Publicado

29-12-2024

Como Citar

Nonato, M. de S., Medeiros, A. K. M. de, & Juliasz, P. C. S. (2024). As representações cartográficas e o trabalho de campo no ensino de Geografia: o estudo da diáspora africana no bairro da Liberdade em São Paulo. Revista Signos Geográficos, 6, 1–19. https://doi.org/10.5216/signos.v6.80996

Edição

Seção

Artigos