O revés do perlocucionário: J.L. Austin, Stanley Cavell, Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.5216/sig.v36.78568Palavras-chave:
performatividade, ato de fala, responsabilidade perlocucionária, reconhecimento, aceitaçãoResumo
Neste artigo, Lorenzini argumenta que é possível desenvolver um estudo filosófico coerente do domínio do perlocucionário como um aspecto essencial da performatividade da linguagem, e que ela possui uma dimensão moral que até agora foi ignorada. Em particular, ele sugere que o estudo do perlocucionário, ao contrário do ilocucionário, exige que estabeleçamos uma distinção conceitual entre duas formas de reconhecimento marcadas no inglês: a recognition (reconhecimento), por um lado, e o que é chamado de acknowledgment (aceitação, assentimento), por outro. Finalmente, Lorenzini explicita que há uma forma específica de responsabilidade moral associada aos atos perlocucionários e seus efeitos (que não são totalmente previsíveis de antemão): nomeadamente a “responsabilidade perlocucionária”.
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