Um romance hiper-circuitado: 2019 não passa e o curto da tradição literária
DOI:
https://doi.org/10.5216/sig.v33.69127Palavras-chave:
Literatura digital, Romance, Instagram, 2019 não passaResumo
Se a arte - e, por extensão, a literatura - sempre se fez com os meios do seu tempo, como propôs Arlindo Machado, na contemporaneidade digital os meios digitais oferecem possibilidades e impõem restrições aos escritores, a depender de como eles optam por manipular códigos informáticos ou, ainda, experimentar com as mídias a fim de expandir e/ou recusar as especificidades dos gêneros literários nascidos e consolidados ao longo da cultura impressa. Este artigo analisa o romance de Instagram, 2019 não passa, a fim de discutir de que maneira a sua inscrição material em uma rede social altera/amplia o que temos identificado como próprio do gênero romance.
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