A disciplina de Libras em cursos de licenciatura na UFG: um estudo sobre dificuldades e estratégias na aprendizagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sig.v33.63206

Palavras-chave:

Dificuldades para a aprendizagem. Estratégias de aprendizagem. Libras. Formação de professores. Licenciatura.

Resumo

Este artigo discute sobre as dificuldades que alunos de licenciatura encontram para aprender a língua brasileira de sinais (Libras) e, também, as estratégias utilizadas por eles durante a aprendizagem dessa língua. Os dados foram coletados por meio de questionário submetido a 91 alunos de Libras em cursos de licenciatura na Universidade Federal de Goiás (UFG). Como resultado, esta pesquisa mostra que as maiores dificuldades estão no pouco contato com a língua, a modalidade linguística e a memorização dos sinais. Os dados mostram, também, que as principais estratégias para aprendizagem foram uso de vídeos, explicações do professor, repetição de sinais e aplicativos de celular.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Guilherme Gonçalves de Freitas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, guilhermefreitaslibras@gmail.com

Graduado em Licenciatura em Letras: Libras e Especialista em Linguística das Línguas de sinais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Tenho proficiência para exercer a função de Intérprete na Língua Brasileira de Sinais - Libras, sendo aprovado pelo exame de proficiência do CAS/GO (Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez / Goiás). Atualmente, mestrando em Estudos linguísticos pela UFG e graduando do curso de Pedagogia Bilíngue pelo Instituto Federal de Goiás. É Colaborador do grupo de pesquisa do Laboratório de Leitura e Escrita em Língua de Sinais - LALELIS e membro do Grupo de Pesquisa Educação bilíngue e ensino/aprendizagem das línguas de sinais, no qual desenvolve estudos sobre ensino-aprendizagem de Libras/ELiS, formação de professores, inclusão pela Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Tradução e Interpretação em Escrita das Línguas de Sinais (ELiS). Atuei como voluntário nos jogos olímpicos Rio 2016, mediando os colaboradores na realização de suas atividades, bem como atuei como mediador de surdos - surdos e surdos - ouvintes presente no evento.

Juliana Guimarães Faria, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, julianagfaria@gmail.com

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (2001), especialização em Informática em Educação (UFLA, 2003), Avaliação Institucional (UEG, 2005) e em Mídias Digitais (IPOG, 2014), mestrado (2005) e doutorado (2011) em Educação pela Universidade Federal de Goiás e estágios pós-doutoral em: (1) Educação, Linguagem e Tecnologias realizado na Universidade Estadual de Goiás (UEG, 2014), estudando a relação tecnologias, linguagem e educação de surdos; e (2) estágio pós-doutoral na Universitat Autònoma de Barcelona/Espanha (UAB, 2017) no Departament de Traducció i dInterpretació i dEstudis de lÀsia Oriental, estudando a formação de profissionais de tradução e interpretação de línguas orais e línguas de sinais. É professora (Adjunto 4) na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (FL/UFG) nos cursos de: a) Licenciatura em Letras: Libras; b) Bacharelado em Letras: Tradução e Interpretação em Libras/Português; c) Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística; e d) curso de Especialização em Linguística das Línguas de Sinais. Atualmente é investigadora visitante na Universitat Autónoma de Barcelona desenvolvendo o projeto de pesquisa "Formação de Tradutores e Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa". Tem experiência na área de Educação Superior com ênfase em Políticas Educacionais e Linguísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: educação a distância, tecnologia educacional, formação de tradutores e intérpretes de língua de sinais, ensino de língua de sinais, educação de surdos e políticas linguísticas e tradutórias.

Francisco José Quaresma de Figueiredo, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, fquaresma@terra.com.br

é Professor Titular de Língua Inglesa da Universidade Federal de Goiás. É graduado em Letras Português Inglês pela Universidade Federal de Goiás (1988), mestre em Linguística pela Universidade Federal de Goiás (1995) e doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001) e Pós-Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Tem experiência na área de Linguística Aplicada, com ênfase em ensino e aprendizagem de línguas, atuando principalmente nos seguintes temas: correção com os pares, aprendizagem colaborativa, inglês, avaliação, erro e correção, crenças sobre ensino-aprendizagem de línguas, telecolaboração. Tem vasta publicação nessas áreas, em forma de artigos em periódicos especializados e em capítulos de livros. É autor de Aprendendo com os erros: uma perspectiva comunicativa de ensino de línguas; de Semeando a interação: a revisão dialógica de textos escritos em língua estrangeira; e de Vygotsky: A interação no Ensino/aprendizagem de línguas. Organizou os livros A aprendizagem colaborativa de línguas; e Formação de Professores de Línguas Estrangeiras: Princípios e Práticas. Juntamente com Maria Cristina Pimentel Campos, da UFV, organizou os livros Culture and arts in Brazil and in the United States: a bridge of multifaceted languages e Intercultural and interdisciplinary studies: pursuits in higher education Organizou, juntamente com Darcilia Marindir Pinto Simões, da UERJ, os livros Metodologias em/de linguística aplicada para ensino e aprendizagem de línguas; Linguística aplicada, prática de ensino e aprendizagem de línguas; Contribuições da Linguística Aplicada para o Professor de Línguas; e Contribuições da Linguística Aplicada para a Educação Básica. Em 1992, foi um dos integrantes da delegação brasileira no programa The Ship for World Youth, patrocinado pelo governo japonês, experiência que lhe possibilitou conhecer o Japão, Estados Unidos, México e Venezuela. De 2006 a 2010, foi o coordenador da UFG no programa Iniciativa em Artes e Cultura Brasil-Estados Unidos, patrocinado pela CAPES/FIPSE, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e duas instituições americanas: University of Montevallo e Gadsden State Community College, ambas no estado do Alabama. Coordenou, de 2012 a 2014, o Programa de Licenciatura Internacional (PLI) entre a UFG e a Universidade de Coimbra. Foi o Vice-Coordenador do GT Ensino-Aprendizagem na Perspectiva da Linguística Aplicada, da ANPOLL, nos biênios 2012-2014 e 2014-2016 e atualmente é seu Coordenador. De março de 2011 a agosto de 2018, foi o Diretor da Faculdade de Letras da UFG. Atualmente é o Diretor de Relações Internacionais da UFG

Referências

ALMEIDA, Josiane Junia Facundo de. Libras na formação de professores: percepções dos alunos e da professora. 2012. 151 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012.

BARROS, Mariângela Estelita. ELiS – escrita das línguas de sinais: proposta teórica e verificação prática. 2008. 192 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

______. ELiS: sistema brasileiro de escrita das línguas de sinais. Porto Alegre: Ed. Penso, 2015.

BRAMMERTS, Helmut. Tandem language learning via the internet and the International E-Mail Tandem Network. In: LITTLE, David; BRAMMERTS, Helmut (ed.). A guide to language learning in tandem via the Internet. CLCS Occasional Paper, n. 46, Dublin: Trinity College, Centre for Language and Communication Studies, 1996. p. 9-22.

BRASIL. Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial, Brasília, DF, 22 dez. 2005.

COSTA, Otávio Santos; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A implementação da disciplina de Libras no contexto dos cursos de licenciatura. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v.10, n. esp, p. 759-772, 2015.

FAYOL, Michel. Aquisição da escrita. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.

FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de. Vygotsky: a interação no ensino/aprendizagem de línguas. SP: Parábola, 2019.

FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de; OLIVEIRA, Quintino Martins de. A deaf and a hearing student learning Portuguese and Libras in a tandem context. Revista do GEL, v. 15, p. 58-72, 2019.

FREITAS, Guilherme Gonçalves de.; FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de. O processo de colaboração na produção de textos em escrita das línguas de sinais (ELiS): um estudo sobre as interações entre alunos surdos. Pensares em Revista, São Gonçalo – RJ, n. 14, p. 52-73, 2019.

FREITAS, Guilherme Gonçalves de.; FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de.; BARROS, Mariângela Estelita. Por que escrever em língua de sinais? Revista diálogos (RevDia), v. 8, n. 2, p. 54-69, 2019.

FREITAS, Maria do Socorro Araujo de.; SILVA, Jacqueline Silva da. O ensino da disciplina de Libras: contribuições para a formação de professores no curso de pedagogia. Revista Educação, Cultura e Sociedade. Sinop – MT, v. 8, n.1, p. 118-132, 2018.

GESSER, Audrei. “Um olho no professor surdo e outro na caneta”: ouvintes aprendendo a Língua Brasileira de Sinais. 2006. 215 f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada na área de Multiculturalismo, Plurilinguismo e Educação Bilíngue) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

______. Metodologia de ensino de Libras como L2. Material didático desenvolvido para o curso de Letras: Libras na modalidade distância: Florianópolis: UFSC, 2010.

______. O ouvinte e a surdez: sobre ensinar e aprender a Libras. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.

LODI, Ana Cláudia Balieiro; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Formação de professores de Língua Brasileira de Sinais: reflexões sobre o impacto desta ação para a educação. Revista Educação e Filosofia. Uberlândia, v. 29, n. especial, p. 279-299, 2015.

LOUZADA, Juliana Cavalcante de Andrade; MARTINS, Sandra Eli Sartoreto de Oliveira; GIROTO, Claudia Regina Mosca. A disciplina Libras na formação de professores: desafios para a formulação de espaços educacionais bilíngues. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 12, n. 3, p. 864-886, 2017.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2001.

McCLEARY, Leland; VIOTTI, Evani; LEITE, Tarcísio. A. Descrição das línguas sinalizadas: a questão da transcrição dos dados. Revista de Linguística Alfa. São Paulo, v. 54, n. 1, p. 265-289, 2010.

OXFORD, Rebecca. Direct strategies for dealing with language. In: ______. (ed.). Language learning strategies: What every teacher should know. Boston, MA: Heinle & Heinle Publishers, 1990. p. 37-55.

PAIVA, Glaucia Xavier dos Santos.; FARIA, Juliana Guimarães.; CHAVEIRO, Neuma. O ensino de Libras nos cursos de formação de professores: desafios e possibilidades. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 3, n. 1, p. 68-80, jan. / jun., 2018.

QUADROS, Ronice Müller de; KARNOPP, Lodenir. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004.

REID, Joy. M. (ed.). Understanding learning styles in the second language classroom. New Jersey: Prentice Hall Regents, 1998.

XAVIER, André Nogueira. De que forma a disciplina de “Libras” pode contribuir com a formação de professores para a educação inclusiva? Revista Sinalizar, Goiânia, v. 3, n. 2, p. 3-24, jan. / jun., 2018.

Downloads

Publicado

2021-02-12

Como Citar

FREITAS, G. G. de .; FARIA, J. G. .; FIGUEIREDO, F. J. Q. de . A disciplina de Libras em cursos de licenciatura na UFG: um estudo sobre dificuldades e estratégias na aprendizagem. Signótica, Goiânia, v. 32, p. e63206, 2021. DOI: 10.5216/sig.v33.63206. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/63206. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê de Estudos Linguísticos