ARTE COMO PROMOTORA DE SAÚDE NA TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.5216/revufg.v17i20.51742Resumen
O envelhecimento populacional representa um grande desafio para os serviços de saúde, devido ao estigma imputado à população idosa, que é destituída do seu papel social. Nesse sentido, faz-se necessário repensar as práticas de saúde voltadas a esse grupo, o que atravessa desde a formação profissional até a educação permanente do trabalhador da saúde. Práticas artísticas têm se mostrado potencializadoras da promoção de saúde, qualidade de vida e (re)inserção do idoso no meio social. Este artigo tem o objetivo de relatar a experiência de intervenção comunitária realizada por extensionistas, graduandos de seis cursos de saúde de uma universidade no estado da Bahia, com idosos da Universidade Aberta à Terceira Idade. Foram utilizadas ferramentas estratégicas que exploraram as competências mentais e sensoriais dos idosos. Observou-se que a arte, intricada ao compartilhamento de experiências intergeracionais, têm impacto positivo no estímulo à autoestima dos idosos, bem como na (re)construção do seu papel social.
Descargas
Citas
ASSIS, L. P. P.; AMARAL, M. L. N. Envelhecimento e suporte social. Atividade física, envelhecimento e a manutenção da saúde. Uberlândia: EDUFU, p. 207-217, 2010.
BALDIN, T.; MAGNABOSCO-MARTINS, C. R. Oficinas artísticas na Universidade Aberta Para A Terceira Idade: contribuições para a qualidade de vida de idosos. Revista Conexão UEPG, Ponta Grossa, v. 11, n. 1. Jan/Abr. 2015.
BENEDETTI, T. B.; PETROSKI, E. L.; GONÇALVES, L. T. Exercícios físicos, auto-imagem e auto-estima em idosos asilados. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desenvolvimento Humano, v. 5, n. 2, p. 69-74, 2003.
BIGOSSI, F. “O Segredo é não Parar”: estudo antropológico sobre as concepções do trabalho entre idosos em Maués–AM e Veranópolis–RS. ILUMINURAS, v. 13, n. 30. 2012.
BOCCALANDRO, M. P. R. Transtorno de ansiedade e síndrome do pânico: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Editora Manole, 2016.
BRASIL, Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília, DF, 19 out. 2006.
CASTRO, P. C. et al. Influência da universidade aberta da terceira idade (UATI) e do programa de revitalização (REVT) sobre a qualidade de vida de adultos de meia-idade e idosos. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 11, n. 6, p. 461-467, Dez. 2007.
COMBINATO, D. S. et al. "Grupos de Conversa": saúde da pessoa idosa na estratégia saúde da família. Psicol. Soc., Florianópolis, v.22, n.3, p.558-568, Dez. 2010.
COQUEIRO, N. F.; VIEIRA, F. R. R.; FREITAS, M. M. C. Arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental. Acta. Paul. Enferm., v. 23, n. 6, p. 62-859, 2010.
DEBERT, G.G. A construção e a reconstrução da velhice: família, classe social e etnicidade. In: NERI, A.L.; DEBERT, G.G. (Orgs.). Velhice e sociedade. Campinas, Papirus, 1999.
FERNANDES, M. T. O.; SOARES, S. M. O Desenvolvimento de Políticas Públicas de Atenção ao Idoso no Brasil. Rev. Esc. Enferm. USP, v. 46, n. 6, p. 1494-1502, 2012.
FONTES, A. As artes enquanto estratégias de intervenção da animação sociocultural na terceira idade. Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural, Escola Superior de Educação e Ciências Socias/IPLeiria, n.22, p. 1-13, 2015.
FRANÇA, L.H. F. P.; SILVA, A. M. T. B.; BARRETO, M. S. L. Programas intergeracionais: quão relevantes eles podem ser para a sociedade brasileira?. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, 2010.
GOMES, H. M. et al. Extensão universitária: a arte de cuidar de idosos. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança, v. 12, n. 1, p. 22-33, jun. 2014.
GUEDES, M. H. M.; GUEDES, H. M.; DE ALMEIDA, M. E. F. Efeito da prática de trabalhos manuais sobre a autoimagem de idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 14, n. 4, p. 731-742, 2011.
JEZINE, E. As práticas curriculares e a extensão universitária. In: Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte: UFPB, p. 1-5, 2004.
LAMI, D. M. Arte e Educação. UNISAL. 2009. Disponível em: <http://www.lo.unisal.br/nova/estagio/arquivos/relatorio_debora.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2018.
LOPONTE, L. G. Arte/educação/arte: afinal, quais são as nossas inquietudes?. In: Ângela Dalben; Júlio Diniz; Lucíola Santos. (Org.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. 1ed., v.1, p. 226-244. Belo Horizonte – MG: Autêntica, 2010.
MALLMANN, D.G. et al. Educação em saúde como principal alternativa para promover a saúde do idoso. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, n. 6, p. 1763-1772, 2015.
MARCELLINO, N.C. Lazer: concepções e significados. Licere, Belo Horizonte, v.1, n.1, p.37-43, 1998.
MATUS, C. Adeus, senhor Presidente. Governantes governados. São Paulo: Edições Fundap, 1996.
MELO, M. C. et al. A educação em saúde como agente promotor de qualidade de vida para o idoso. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, supl. 1, p. 1579-1586, Out. 2009.
MOTTA, L. B.; AGUIAR, A. A. Novas competências profissionais em saúde e o envelhecimento populacional brasileiro: integralidade, interdisciplinaridade e intersetorialidade. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 363-372, abr. 2007.
MOTTA, L. B.; CALDAS, C. P.; ASSIS, M.. A formação de profissionais para a atenção integral à saúde do idoso: a experiência interdisciplinar do NAI - UNATI/UERJ. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, p.1143-1151, Ago. 2008.
MOURTHE JUNIOR, C. A.; LIMA, V. V.; PADILHA, R. Q. Integrando emoções e racionalidades para o desenvolvimento de competência nas metodologias ativas de aprendizagem. Interface (Botucatu), Botucatu, 2017.
NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. 2 ed. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2007.
OLIVEIRA, R.C. et al. Mudanças sociais e saberes: o papel da educação na terceira idade; Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Rio Grande do Sul, v.6, n. 3. p. 382-392, set./dez. 2009.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde, 2005. 61p.
REIS, L. A. et al. Suporte familiar, social, condições de saúde e sociodemográficas em idosos.
Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 28, n. 2, p. 176-185, maio/ago. 2014.
RILEY, S. Arteterapia Para Familias Abordagens Integrativas. 1 ed. São Paulo: Summus Editorial, 1998.
ROQUE, Francelise Pivetta et al . Perfil socioeconômico-cultural de uma universidade aberta à terceira idade: reflexo da realidade brasileira?. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 14, n. 1, p. 97-108, Mar. 2011.
SANTOS, M. V. O processo participativo de idosos através de experiências e práticas do movimento de educadores populares. Rev APS, v.14, n. 4, p. 378-388. 2011.
SCHNEIDER, R. H.; IRIGARAY, T. Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia, Campinas- SP, v.25, n. 4, p. 585-593, out/dez. 2008.
TEIXEIRA, C. F. Enfoques teórico-metodológicos do Planejamento em Saúde. In: ______. Planejamento em Saúde: Conceitos, Métodos e Experiências. Salvador. EDUFBA, p.17-32, 2010.
TEIXEIRA, C. F.; VILASBÔAS, A. L. Q.; JESUS, W. L. A. Proposta Metodológica para o Planejamento no Sistema Único de Saúde. In: TEIXEIRA, C. Planejamento em Saúde: Conceitos, Métodos e Experiências. Salvador. EDUFBA, 2010, p. 51-74.
TERRA, N. L.; Envelhecimento e suas múltiplas áreas do conhecimento. Edipucrs, 2016.
VALER, D. B. et al. O significado de envelhecimento saudável para pessoas idosas vinculadas a grupos educativos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v.18, n 4, 2015.
VASCONCELOS, E. M. Educação popular: de uma prática alternativa a uma estratégia de gestão participativa das políticas de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 67-83, 2004.
XAVIER, A. S.; KOIFMAN, L. Educação superior no Brasil e a formação dos profissionais de saúde com ênfase no envelhecimento. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 15, n. 39, p. 973-984, dez. 2011.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La Revista UFG utiliza la licencia Creative Commons CC-BY (4.0) - Attribution 4.0 International para revistas de acceso abierto (Open Archives Initiative - OAI) como base para la transferencia de derechos.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1) Los autores pueden distribuir, remezclar, adaptar y construir a partir de su trabajo, incluso con fines comerciales, siempre y cuando le den a la UFG el debido crédito por la creación original. Los autores pueden copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
2) Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, siempre que se haga referencia al lugar de origen de la publicación, es decir , la dirección electrónica/referencia de la Revista UFG.
3) Los autores de los trabajos publicados en la Revista UFG son expresamente responsables de su contenido.
4) Todos los trabajos enviados a la Revista UFG que tengan en su cuerpo imágenes, fotografías, figuras, deberán estar acompañados de un término de cesión de derechos de autor del autor, del miembro participante de la imagen y, en el caso de los hijos, de los familiares. de los niños expuestos, con sus datos y firma.
Acceda al documento TÉRMINO DE AUTORIZACIÓN DE USO DE IMAGEN aquí.