Preservar sapos e rãs

Autores/as

  • Rogério Pereira Bastos

Resumen

Apesar de atualmente os temas biodiversidade, conservação, desmatamento, aquecimento global estarem freqüentemente na mídia, a população brasileira tem pouco conhecimento sobre a fauna e flora existentes em nosso país. É justamente essa fauna e flora que fazem do Brasil um país megadiverso, com grande potencialidade econômica, seja devido ao turismo ecológico ou pela possibilidade de descobertas de novos medicamentos. Por exemplo, de um polipeptídeo extraído do veneno da jararaca (Bothrops jararaca) obteve-se o Captopril, que é um dos medicamentos para tratamento de hipertensão mais vendidos no mundo, rendendo a seus fabricantes bilhões de dólares anuais. No caso dos anfíbios, as pesquisas têm-se mostrado promissoras para obtenção de medicamentos para o tratamento da doença de Chagas. Devido a este desconhecimento, os anfíbios são ainda considerados animais “nojentos” pela maioria da população, que ainda os vê como seres maléficos, relacionados a bruxarias. Ledo engano, uma vez que lendas de muitas nações indígenas brasileiras tratam os sapos como animais de sorte ou de bons presságios. Mas quem são os anfíbios? Estes animais são vertebrados conhecidos popularmente como sapos, rãs e pererecas, os representantes das espécies da ordem Anura (atualmente são encontradas 797 espécies de anuros no nosso país). No Brasil, são conhecidas também espécies da ordem Caudata (salamandras, uma espécie encontrada na Amazônia) e da ordem Gymnophiona (cecílias ou cobras-cegas; 27 espécies espalhadas por todo o território brasileiro). Ao todo, são conhecidas 825 espécies de anfíbios no Brasil, o que torna o nosso país o mais rico em espécies de anfíbios do mundo (SBH, 2008). (Continua...)

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Publicado

2017-07-31

Cómo citar

BASTOS, R. P. Preservar sapos e rãs. Revista UFG, Goiânia, v. 9, n. 4, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48179. Acesso em: 19 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos