O TRABALHO CONTEMPORÂNEO E A SUBJETIVIDADE DO TRABALHADOR
DOI:
https://doi.org/10.5216/revufg.v17i21.51672Abstract
Resumo: O presente artigo teve como objetivo investigar as implicações do trabalho contemporâneo na subjetividade do trabalhador. O estudo consistiu em uma pesquisa qualitativa, exploratória. Realizou uma pesquisa de campo, para a qual se fez uso do instrumento entrevista semiestruturada. Desta etapa do estudo, participaram três trabalhadores que estavam procurando emprego em uma empresa de recursos humanos, situada em Catalão - GO. Considerou-se que, o trabalhador contemporâneo é tratado como um objeto, uma vez que, ele deve realizar as tarefas de acordo com os desejos e as determinações de um Outro-organizacional. Ao considerar o sujeito na posição de objeto e alienado aos desejos organizacionais, seria plausível dizer que ocorre a morte do sujeito freudiano, no campo do trabalho contemporâneo. Para psicanálise, tornar-se sujeito, o indivíduo precisa abandonar a posição de objeto de gozo materno, por meio da interdição simbólica, para, então, ser ator de seu discurso e desejo, como nos primórdios de sua constituição subjetiva. Mas, quando ingressa no mundo do trabalho, geralmente, ele retorna à condição de objeto, visto que volta a estar alienado quanto aos desejos de um Outro organizacional.
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