Fotoperformance como estratégia artística
isolamento social voluntário e reinvenção da casa
DOI:
https://doi.org/10.5216/revufg.v20.63960Resumo
A arte contemporânea é afetada pela vida. Em meio a solitude imposta pela covid-19, produzimos releituras da história da arte, onde mulheres artistas são protagonistas. Ao abraçar o contexto do isolamento social voluntário, mantemos a saúde mental e emocional com processos artísticos que se conectam com outras pessoas, reinventando a casa e cuidando de si (FOUCAULT, 2017).
Essas releituras são uma fotoperformance deste momento, “conferindo-lhe autonomia discursiva” (VINHOSA, 2014, p. 2882). Foram feitas duas imagens por dia, transformando-os em poesia. Em todas as etapas (a casa como estratégia de expressão, a pesquisa dos artistas e a montagem da fotoperformance) encontrando no corpo gestos de potência (GIL, 2001).
Em justaposição com a força do artista referência, compomos imagens com o que tem disponível na casa. O meio doméstico possibilita uma fabulação ao criar outros lugares para desenfadar-se: uma diversão-brincante à serviço da saúde. Ao juntar objetos e gestos, faz-se uma relação entre arte e vida, colocando a casa à viajar e habitar novos lugares e territórios.
Nosso processo é partilhado nas redes sociais virtuais (facebook, instagram, youtube e twitter) em meio às fake news, discursos de ódio, ataque a ciência e abandono da saúde pública. Logo, as releituras encontram uma fuga e dão um alívio ao stress causado pela necropolítica (MBEMBE, 2018) geradora de desconforto.
Estes trabalhos possibilitaram uma conexão com outros artistas e meios e, mesmo com uma contaminação invisível e uma morte à espreita, a janela virtual da casa é aberta para alcançar o mundo. Um aglomerado sensível que busca a sensação de presença. Portanto, criamos um meio comum: um mundo pelas fotoperformances. Na internet, durante este truculento período, intensificou-se os discursos de ódios e a divisão da verdade. A arte é o exercício de invenção compartilhada: fruir o sensível na tríade artista, obra e público.
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