OS FRANCESES E SEUS CLICHÊS : UMA CRÔNICA GOIANIENSE

Autores

  • Christian Nicolas René Gouraud

Resumo

Originário do Pays de la Loire, França, região conhecida pelos castelos do rio Loire, cheguei a Goiânia no mês de abril de 1989. Naquela época, pode-se dizer que a chegada de um estrangeiro caído de pára-quedas na capital do Estado de Goiás era parecida com a de um extraterrestre. Não era tão simples, como nos dias de hoje, aterrissar no aeroporto Santa Genoveva. Primeiramente, entrei no Brasil por Rio de Janeiro, não por São Paulo como é de costume nos dias de hoje, e passei o dia inteiro no aeroporto para embarcar, finalmente, por volta das 18 horas, no avião para Goiânia. Havia somente um vôo à noite naquela época; então, por que ficar das 7 da manhã às 6 da tarde no aeroporto? Bem, um dos clichês do Brasil na França era, e continua sendo, o perigo de ser roubado por algum taxista clandestino da capital carioca. Por que me arriscar, sendo que eu não falava uma palavra de português? Deixei então a minha mala no guarda-volumes e comecei um passeio pelo aeroporto na espera do meu vôo. Foi então que tive minha primeira surpresa em relação à culinária brasileira, a churrascaria. Para nós, franceses, churrascaria corresponderia a um restaurante que serve barbecue, isto é, carne assada. A diferença está no fato de que não há na França, ou melhor, não havia, restaurantes tipo rodízio, espécie de estabelecimento que serve barbecue à vontade por um preço único por pessoa (hoje, principalmente em Paris, quem pode pagar saboreia um verdadeiro churrasco brasileiro ao preço módico de 40 (...)

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Publicado

01-08-2017

Como Citar

GOURAUD, C. N. R. OS FRANCESES E SEUS CLICHÊS : UMA CRÔNICA GOIANIENSE. Revista UFG, Goiânia, v. 13, n. 10, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48359. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Mundo Digital e a Universidade