Música Eletroacústica – In Itinere

Autores

  • Andréa Luísa Teixeira

Resumo

A música eletroacústica e as questões que a envolvem são complexas em todo o mundo. Ela surgiu da junção de procedimentos composicionais da música concreta e da música eletrônica. As bases sonoras eletrônicas e acústicas definiram o termo “Música Eletroacústica”. No final dos anos 1940, o engenheiro eletrônico Pierre Schaeffer (da Radiodifusão Francesa) começou a “brincar” com o vasto arquivo de efeitos e sons naturais da rádio. Por não ser músico, Schaeffer passou a criar seqüências sonoras próprias, montando e transformando sons de forma diferente dos conceitos e processos tradicionais. Em 1948, a rádio francesa transmitiu seu primeiro “Concert de Bruits”. No ano seguinte, Schaeffer publicou um artigo em que descrevia sua experiência e batizava o engenho de “Musique Concrète”. Em 1952, chega a Paris o compositor alemão Karlheinz Stockhausen e se liga ao grupo de pesquisas de música concreta (Clube d’Essai) formado por Pierre Schaeffer e Pierre Henry (também compositor). Com a ajuda de filtros e oscilógrafos, Stockhausen analisou os espectros sonoros das fontes, espécie de decupagem dos componentes timbrísticos de um som. Observou que, se era possível conhecer com precisão as características de um som ou ruído, seria possível também produzi-lo sinteticamente. Nasciam então os primeiros trabalhos definidores do que viria a ser conhecido por música eletroacústica. A partir de então, passou a ser entendida como música eletroacústica a música criada em laboratório que se utiliza de microcomputadores, sintetizadores, interfaces MIDI, samplers, etc. Ela mostra outras idéias e critérios para a percepção dos sons. (Continua...)

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Publicado

31-07-2017

Como Citar

TEIXEIRA, A. L. Música Eletroacústica – In Itinere. Revista UFG, Goiânia, v. 9, n. 1, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48168. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Críticas e Resenhas