RESISTÊNCIA IDENTITÁRIA: A CONFIGURAÇÃO ETNOCULTURAL DA  COMUNIDADE SERTANEJA NORTE­MINEIRA NO PROCESSO HISTÓRICO DE  MINAS GERAIS

Autores

  • Otaviano de Oliveira Filho

Resumo

Para João Batista de Almeida Costa, a compreensão rigorosa do local, o sertão, e  do sujeito que  nele se localiza,  o sertanejo,  coloca­se como fonte  da  complexidade  norte­ mineira. A partir da relação entre sujeito e local, configura­se uma cultura diferente daquelas  que foram impostas  ao sertanejo como modelo, exemplo,  referência  de  civilidade: a  dos  bandeirantes, a dos baianos e, finalmente, a dos mineiros.  Explorando o que entende por uma “lógica” específica do sertanejo norte­mineiro,  Costa vislumbra um modus operandi típico do sertanejo, que o diferencia culturalmente dos  seus modelos de sujeito, tornando­o um sujeito outro, que não é paulista, baiano nem mineiro,  mas sim norte­mineiro.  Este,  então,  seria  uma síntese de  vários grupos  étnicos,  com seus  traços identitários próprios, sua singular maneira de ver o mundo.  No sertanejo, o ensaísta percebe um modo original de organização do simbólico,  da religiosidade, da comensalidade, dos costumes, etc., uma maneira surpreendente de reunir as muitas  dimensões do real  numa mesma epistème,  ou seja, numa maneira singular de ler esse mesmo real, o que nos permite dizer que nesse modo de organização do simbólico já se  revela uma espécie de significação outra do real, que acaba por se apresentar como a “teia de  relações simbólicas” de que nos fala Clifford Geertz. (Continua...)

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Publicado

28-07-2017

Como Citar

DE OLIVEIRA FILHO, O. RESISTÊNCIA IDENTITÁRIA: A CONFIGURAÇÃO ETNOCULTURAL DA  COMUNIDADE SERTANEJA NORTE­MINEIRA NO PROCESSO HISTÓRICO DE  MINAS GERAIS. Revista UFG, Goiânia, v. 8, n. 2, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48102. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Mundo Digital e a Universidade