POR UMA CLASSIFICAÇÃO PARA OS PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS
FOR A CLASSIFICATION TO PAYMENT POR ECOSYSTEMS SERVICIES
Résumé
Os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) constituem uma espécie de instrumento econômico de proteção ao meio ambiente que visa estabelecer benefícios econômicos para quem se disponha a preservar o meio ambiente. Esses instrumentos tem sido pensados como alternativa para enfrentar os problemas ambientais atuais, visando prevenir a ocorrência de danos ambientais, para trazer benefícios sociais e para fomentar a economia, respondendo aos parâmetros defendidos pela ideia de sustentabilidade. Não obstante, a literatura tem apresentado diversas formas possíveis para os PSA, que nem sempre atendem às três dimensões da sustentabilidade de forma equitativa, pois, de algum modo, neglicenciam o elemento social ou ambiental, enfocando-se nos ganhos econômicos. Deste modo, o objetivo deste trabalho é analisar uma classificação para os PSA que possibilite identificar as potencialidades e aspectos negativos desse instrumento, pela ótica da sustentabilidade. Para tanto, serão abordados temas como a análise teórica da ideia de sustentabilidade, a noção de serviços ambientais, de instrumentos de PSA e, por fim, o estudo da classificação. O método empregado é o dedutivo, partindo da análise das categorias mais gerais envolvidas até o estudo de uma classificação para o instrumento específico, sob a luz da ideia de sustentabilidade, com análise bibliográfica e documental.
Téléchargements
Références
ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. 5ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
ALTMANN, Alexandre. Pagamento por serviços ambientais: aspectos jurídicos para sua aplicação no Brasil. In: BENJAMIM, Antonio Herman; IRIGARAY, Carlos Teodoro; LECEY, Eladio e CAPPELI, Silvia. Florestas, mudanças climáticas e serviços ecológicos. V. 1. São Paulo: Imprensa oficial do Estado de São Paulo, 2010. p. 85
ALTMMAN, Alexandre. Política Nacional de Mudanças Climáticas e Pagamentos por Serviços Ambientais: Estudo de caso da Política de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo. In: BENJAMIM, Herman; LECEY, Eládio; CAPPELLI, Silvia e IRIGARAY, Carlos Teodoro. Congresso Brasileiro de Direito Ambiental: PNMA: 30 anos da Política Nacional de Meio Ambiente. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2011. p. 237.
ARAÚJO, Gisele Ferreira. Estratégias de sustentabilidade. São Paulo: Editora
Letras Jurídicas, 2008.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providencias. Brasília: Presidência da República, 1990.
CARSON, Rachel. Primavera silenciosa. 2a. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1969.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Relatório Nosso Futuro Comum, ONU, 1991, p. 46.
CONSTANZA, et al. Op. Cit. 1997. p. 254.
GOMÉZ-BAGGETHUN, Erik; GROOT, Rudolf de; LOMAS, Pedro L.; MONTES, Carlos. The history os ecosystem services in economic theory and pratice: from early notions to markets ans payment schemes. Ecological economics. v. 69, 2010, 1209-1218. p. 1213.
CORRÊA, Daniel Rocha. Certificação ambiental, desenvolvimento sustentável e barreiras à entrada. Revista de Informação Legislativa, Brasília, a. 43, n. 169, pp. 189-201, jan./mar. 2006.
HARDIN, Garret. The tragedy of the commons. In: Science. 1968. Texto original disponível em: https://science.sciencemag.org/content/sci/162/3859/1243.full.pdf. Acesso em 11 de abril de 2021.
IRIGARAY, Carlos Teodoro. Pagamento por serviços ecológicos e o emprego de REDD para contenção do desmatamento na Amazônia. In: BENJAMIM, Herman; IRIGARAY, Carlos Teodoro; LECEY, Eládio e CAPPELLI, Silvia. Congresso Internacional de Direito Ambiental: Florestas, mudanças climáticas e serviços ecológicos. Vol. 2. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
LEITE, José Rubens Morato. Dano ambiental do individual ao coletivo extrapatrimonial. Tese de doutorado. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1999.
LEITE, José Rubens Morato e FERREIRA, Heline Sivini. Tendências e perspectivas do Estado de Direito Ambiental no Brasil. In: FERREIRA, LEITE e BORATTI. Estado de Direito Ambiental: tendências. 2a. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. 12.
MAMED, Danielle de Ouro. Amazonas. In: LAVRATTI, Paula; TEJEIRO, Guillermo e STANTON, Marcia (org.). Sistemas estaduais de Pagamento por Serviços Ambientais. Relatórios Estaduais. São Paulo: Instituto O Direito por um Planeta Verde, 2014. p. 290.
MAMED, Danielle de Ouro. O princípio do protetor-recebedor na proteção de águas e florestas: uma discussão em torno dos sistemas de Pagamentos por Serviços Ambientais. Dissertação de Mestrado. Manaus: Universidade do Estado do Amazonas, 2012. p. 31-34.
MAMED, Danielle de Ouro. Pagamentos por serviços ambientais e mercantilização da natureza na sociedade moderna capitalista. Tese de Doutorado. Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2016.
MARTINEZ, Sérgio Rodrigo e MAMED, Danielle de Ouro . Delineamentos para a aplicação da sustentabilidade: O papel autorregulamentar da empresa na proteção do meio ambiente. In: Jerônimo Siqueira Tybusch; Juarez Freitas; Samyra Haydêe Dal Farra Naspolini Sanches. (Org.). Empresa, sustentabilidade e funcionalização do direito. .Florianópolis: FUNJAB, 2014, v. 1, p. 305-328.
MICHAELIS. Dicionário On Line. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br>. em 27 de janeiro de 2016.
MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. 2005. Disponível em: < http://www.millenniumassessment.org/en/Synthesis.html>. Acesso em 27 de janeiro de 2016.
MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. 2005. Disponível em: < http://www.millenniumassessment.org/en/Synthesis.html>. Acesso em 27 de janeiro de 2006.
MOTA, José Aroudo. O valor da natureza: economia e política dos recursos ambientais. Rio de Janeiro: Garamond, 2001.
NASCIMENTO, Elimar Pinheiro. Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico. In: Revista Estudos Avançados. N. 26 (74), 2012.
NUSDEO, Ana Maria. Pagamento por Serviços Ambientais: sustentabilidade e disciplina jurídica. São Paulo: Atlas, 2012.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Sobre o nosso trabalho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs>. Acesso em 15 de abril de 2021.
SABBAG, Bruno Kerlakian. O Protocolo de Quioto e seus créditos de carbono: Manual jurídico brasileiro de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. 2a. Ed. São Paulo: LTr, 2009.
SCHUMACHER, E. F. Small is beautiful: economics as if people mattered. London: Blond & Briggs, 1973.
SILVA, Solange Teles. O direito ambiental internacional. Belo Horizonte: Del Rey, 2009.
WHATELY, Marussia e HERCOWITZ, Marcelo. Serviços ambientais: conhecer, valorizar e cuidar. Subsídios para a proteção dos mananciais de São Paulo. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2008.
WUNDER, Sven. Payments for environmental services: Some nuts and bolts. Jacarta: Center dor International Forestry Research, 2005. p. 29.
YOUNG, C. E. F.& BAKKER, L. B. D. Instrumentos econômicos e pagamentos por serviços ambientais no Brasil. Incentivos Econômicos para Serviços Ecossistêmicos no Brasil. Rio de Janeiro: Forest Trends, 2015.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue accordent à Revista da Faculdade de Direito da UFG une licence mondiale libre de droits, soumise aux termes et conditions de la Creative Commons Attribution 3.0 Brasil Legal License Creative Commons Attribution License
Les auteurs concèdent à RFD UFG tous les droits d'auteur sur les articles qui y sont publiés, qui les conservent en exclusivité jusqu'à l'avènement du domaine public sur ceux-ci.