VAMOS SUJAR O CERRADO? UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA
LET’S MAKE THE CERRADO DIRTY? A NECESSARY REFLECTION
Mots-clés :
Cerrado. Fitofisionomias. Campo Limpo. Campo Sujo.Résumé
O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e, por diversas razões, encontra-se ameaçado em face de sua exploração indiscriminada. Embora seja considerado a savana mais rica do mundo, o Cerrado possui a menor porcentagem de áreas sob proteção integral, o que o torna vulnerável em sua parte desprotegida. Dentre as várias fitofisionomias do Cerrado, definidas a partir das características morfológicas de sua comunidade vegetal, apresentam-se as denominações Campo Limpo e Campo Sujo. Ao contrário do Campo Limpo, considerada uma formação predominantemente de gramíneas, com raros arbustos e ausência completa de árvores, o Campo Sujo é um tipo fisionômico que apresenta arbustos e subarbustos esparsos. Assim, o termo “limpo” advém da ausência de arbustos e árvores, e o termo “sujo” se origina pela presença de arbustos. Nessa perspectiva, o trabalho se propõe a refletir sobre os adjetivos limpo e sujo do Campo ou do Cerrado, oriundos de uma definição embasada na sua utilização e necessidades humanas. A reflexão necessária proposta no presente artigo é a de rever a forma como nos relacionamos com o nosso ambiente. Em nova definição, propõe-se que os Campos Limpos sejam denominados Campos de Gramíneas e os Campos Sujos sejam chamados de Campos Arbustivos. A adoção das novas nomenclaturas e significados fundamenta-se na necessidade de valorização, proteção e sobrevivência dessas fitofisionomias para as presentes e futuras gerações.
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