VAMOS SUJAR O CERRADO? UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA

LET’S MAKE THE CERRADO DIRTY? A NECESSARY REFLECTION

Authors

Keywords:

Cerrado. Fitofisionomias. Campo Limpo. Campo Sujo.

Abstract

The Cerrado is the second largest Brazilian biome and, for several reasons, is threatened due to its indiscriminate. Although it is considered as the richest savanna in the world, the Cerrado has the lowest percentage of areas under full protection, which makes it vulnerable in its unprotected part. Among the various phytophysiognomies of the Cerrado, defined from the morphological characteristics of its plant community, the designations “Clean Field” and “Dirty Field” emerge. Unlike the Clean Field, considered to be a predominantly grassy formation, with rare shrubs and complete absence of trees, the Dirty Field is a physiognomic type that has sparse shrubs and sub-shrubs. Thus, the term “clean” comes from the absence of bushes and trees, and the term “dirty” originates from the presence of shrubs. In this perspective, the work aims to reflect on the clean and dirty adjectives, arising from a definition based on their use and human needs. The necessary reflection proposed in this articles is to review the way we relate to our environment. In a new definition, it is proposed that the clean fields are called Grass Fields and the dirty fields are called Shrub Fields. The adoption of new nomenclatures and meanings is based on the need for valorization, protection and survival of these phytophysiognomies for present and future generations.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Emiliano Lôbo de Godoi, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA pela Universidade Federal de Viçosa (1988), mestrado e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás. Docente de nível superior da Universidade Federal de Goiás na Escola de Engenharia Civil. Experiência na área de GESTÃO E PLANEJAMENTO AMBIENTAL, atuando principalmente nos seguintes temas: implantação de sistemas de gestão ambiental, gerenciamento ambiental de obras, controle ambiental de fontes poluidoras

Eriberto Francisco Beviláqua Marin, Universidade Federal de Goiás

Professor Titular da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás. Doutor em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito Agrário - PPGDA/FD/UFG. Currículo: http://lattes.cnpq.br/9078134881548192. ID Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3425-8101 E-mail: emarin@ufg.br

References

AB’SÁBER, A. N. O domínio dos Cerrados: introdução ao conhecimento. Revista do Serviço Público, Brasília, ano 40, vol. 111, n. 4, 1983, p. 41-56.

ACIESP – ACADEMIA DE CIÊNCIAS DO ESTADO DE SP. Glossário de Ecologia. São Paulo: ACIESP, 1987.

ADÁMOLI, J.; MACEDO, J.; AZEVEDO, L. G.; NETTO, J. M., 1987. Caracterização da região dos cerrados. In: GOEDERT, W.J. (Ed). Solos dos cerrados: tecnologias e estratégias de manejo. São Paulo: Nobel/Planaltina: EMBRAPA-CPAC. p.33-98.

AGROSATÉLITE. Análise geoespacial da dinâmica das culturas anuais no bioma Cerrado: 2000 a 2014. Florianópolis: Agrosatélite, 2015.

ALHO, C.J.R.; MARTINS, E.S. De grão em grão o Cerrado perde espaço: Impactos do processo de ocupação. Brasília: WWF, 1995.

ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. A morte no berço das águas. Por Correio Braziliense, DF. 24 abr. 2011. Modificado em 15 mar. 2019 Disponível em: https://www.ana.gov.br/noticias-antigas/a-morte-no-berasso-das-a-guas.2019-03-15.5276092161. Acesso em: 07 jul. 2020.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Mapeamento do uso e cobertura do Cerrado: Projeto TerraClass Cerrado. 2015. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/tccerrado/dados/Mapa_TCcerrado_A1.jpg. Acesso em: 07 jul. 2020.

______. O Bioma Cerrado. 2020. Disponível em: https://www.mma.gov.br/biomas/cerrado. Acesso em: 14 jun. 2020.

______. Campos Sulinos: conservação e uso sustentável da biodiversidade. 2009. Disponível em: https://www.mma.gov.br/publicacoes/biomas/category/64-pampa.html?download=1060:campos-sulinos-conservacao-e-uso-sustentavel-da-biodiversidade. Acesso em: 14 jul. 2020.

______. Cerrado e Pantanal: Áreas e Ações Prioritárias para Conservação da Biodiversidade. Brasília/DF, 2007. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/cerrado_pantanal.pdf. Acesso em: 16 jul. 2020.

CARMONA, R.; MARTINS, C. R.; FÁVERO, A. P. Fatores que afetam a germinação de sementes de gramíneas nativas do cerrado. Revista Brasileira de Sementes, v. 20, n. 1, 1998, p. 16-22.

CASTRO, A. A. J. F., MARTINS, F. R., TAMASHIRO, J. Y.; SHEPHERD, G. J.. How rich is the flora of Brazilian cerrados? Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 86, 1999, p. 192-224.

CONCEIÇÃO, A. A.; PIVELLO, V. R. Biomassa Combustível em Campo Sujo no Entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Biodiversidade Brasileira, Brasília, v. 1, n. 2, 2011, p. 146-160.

COUTINHO, L. M. O bioma do cerrado. In: KLEIN, A. L. (Ed.) Eugen Warming e o cerrado brasileiro: um século depois. São Paulo: Editora da Unesp, 2002. p.77-91.

______. O conceito de bioma. Acta Botanica Brasilica, v. 20, n. 1, 2006, p. 13-23.

______. O conceito de Cerrado. Revista Brasileira de Botânica, v. 1, n. 1, 1978, p. 17-23.

DICIONÁRIO MICHAELIS BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 2020. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro. Acesso em: 16 jul. 2020.

DURIGAN, G..; SIQUEIRA, M. F.; FRANCO, G. A. D. C. Threats to the Cerrado remnants of the state of São Paulo, Brazil. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 64, n. 4, 2007, p. 355-363.

EITEN, G. Duas travessias na vegetação do Maranhão. Brasília: UnB, 1994.

EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Bioma Cerrado: Coleção entomológica da Embrapa Cerrados. 2008. Disponível em: https://www.embrapa.br/cerrados/colecao-entomologica/bioma-cerrado. Acesso em: 10 mai. 2020.

FERRI, M. G. Os Cerrados, um grupo de formas de vegetação semelhantes às savanas. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 40, n. 4, 1983, p. 57-61.

FIEDLER, N.C.; AZEVEDO, I.N.C.; RESENDE, A.V.; MEDEIROS, M.B.; VENTUROLI, F. Efeito de incêndios florestais na estrutura e composição florística de uma área de cerrado sensu stricto na Fazenda Água Limpa - DF. Revista Árvore, Viçosa, v. 28, 2004, p. 129-138.

GOMES, B. Z.; MARTINS, F. R.; TAMASSHIRO, J. Y. 2004. Estrutura do cerradão e da transição entre cerradão e floresta paludícola num fragmento da International Paper do Brasil Ltda., em Brotas, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 27, n, 2, 2004, p 249-262.

GOODLAND, R. Análise ecológica da vegetação no cerrado. In: GOODLAND, R.; FERRI, M.G. (Eds.). Ecologia do cerrado. São Paulo: USP/Belo Horizonte: Itatiaia, 1979. p. 61-193.

GRABHERR, G.; KOJIMA, S. Vegetation Diversity and Classification Systems. In: SOLOMON, A. M.; SHUGART, H. H. (Eds.). Vegetation Dynamics & Global Change. New York: 1993. p. 218–232.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de biomas do Brasil. Escala 1:5.000.000. 2004. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-ambientais/15842-biomas. html?edicao=16060&t=downloads. Acesso em: 11 jun. 2020.

______. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/vegetacao/manual_vegetacao.sht. Acesso em: 03 mai. 2020.

KLINK, C. A.; MACHADO, R. B.. Conservation of the Brazilian cerrado. Conservation Biology, v. 19, 2005, p. 707–713.

LIMA, J. E. F. W. et al. The relevance of the Cerrado’s water resources to the Brazilian development. In: Proceedings of the XIVth IWRA World Water Congress. IWRA, Montpellier, 2011.

PIVELLO, V. R. Manejo de fragmentos de cerrado: princípios para a conservação da biodiversidade. In: SCARIOT, A.; SOUSA SILVA, J. C. & FELFILI, J. M. (Eds.). Cerrado: ecologia, biodiversidade e conservação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2006. p. 402-413.

POTT, A.; SILVA, J. V.; ABDON, M.; POTT, V. J.; RODRIGUES, L. M.; SALIS, S. M.; HATSCHBACH, G. G. Vegetação. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai (Pantanal) - PCBAP. Diagnóstico dos meios físicos e bióticos: meio biótico. v. 2, t. 3. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1997. p. 3-68.

RADA, N. Assessing Brazil's Cerrado agricultural miracle. Food Policy, v. 38, 2013, p. 146-155.

RATTER, J. A.; RIBEIRO, J. F.; BRIDGEWATER, S. The Brazilian cerrado vegetation and threats to its biodiversity. Annals of Botany, v. 80, n. 3, 1997, p. 223-230.

RATTER, J. S.; BRIDGEWATER, S.; RIBEIRO, J. F. Analysis of the floristic composition of the Brazilian Cerrado vegetation. III: comparison of the woody vegetation of 376 areas. Edinburgh Journal of Botany, v. 60, 2003, p. 57-109.

RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma Cerrado In: SANO, S.M.; ALMEIDA, S. P. (Eds.). Cerrado: ambiente e flora. Brasília, Embrapa Cerrados, 1998. p. 87-166.

RIBEIRO, J. F., WALTER, B. M. T. As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P.; RIBEIRO, J. F. (Eds.). Cerrado: ecologia e flora. Planaltina: Embrapa-CPAC, 2008. p. 151–212.

RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda, 1997.

SANO, E.E. et al. Cerrado ecoregions: A spatial framework to assess and prioritize Brazilian savanna environmental diversity for conservation. Journal of Environmental Management, v. 232, 2019, p. 818–828.

SERRA FILHO, R.; CAVALLI, A. C.; GUILLAUMON, J. R.; CHIARINI, J. V.; NOGUEIRA, F. P.; IVANCKO, C. M. A. M. Cerrado: bases para conservação e uso sustentável das áreas de cerrado do estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo, 1997.

SILVA, J. F.; FARINAS, M. R.; FELFILI, J. M.; KLINK, C. A. Spatial heterogeneity, land use and conservation in the cerrado region of Brazil. Journal of Biogeography, v. 33, 2006, p. 536-548.

SILVA, J. M. C.; BATES, J. M. Biogeographic patterns and conservation in the South American Cerrado: a Tropical Savanna Hotspot. BioScience, v. 52, 2002, p.225-233.

SOUZA, A; MORAES, M. G.; RIBEIRO, R. C. L. F. Gramíneas do cerrado: carboidratos não-estruturais e aspectos ecofisiológicos. Acta Botânica Brasilica, v. 19, n. 1, 2005, p. 81-90.

STRASSBURG, B. B. N. et al. Moment of truth for the Cerrado hotspot. Nature Ecology and Evolution, v. 1, n. 4, 2017, p. 1-3.

WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado: síntese terminológica e relações florísticas. 2006. 389f. Tese (Doutorado em Ecologia) – Universidade de Brasília, Brasília.

Published

2023-12-13

How to Cite

DE GODOI, E. L.; BEVILÁQUA MARIN, E. F. VAMOS SUJAR O CERRADO? UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA: LET’S MAKE THE CERRADO DIRTY? A NECESSARY REFLECTION. Revista da Faculdade de Direito da UFG, Goiânia, v. 47, n. 2, 2023. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revfd/article/view/65551. Acesso em: 29 jun. 2024.