BIOCÓDIGO DA VESTIMENTA JUDICIAL: UMA ANÁLISE DA POLÍTICA DE CORPOS E DO PRECONCEITO DAS CORTES BRASILEIRAS
JUDICIAL DRESSING BIOCODE: AN ANALYSIS OF BRAZIL’S COURT BIAS OF BODIES’ POLITICS
Palavras-chave:
Dressing code, Biopower, Brazilian Judicial, FeminismResumo
Este estudo trata de questionar as normas ainda vigentes nos tribunais e demais órgãos do Judiciário brasileiro sobre o que vestir, especialmente na questão de gênero, configurando uma verdadeira exclusão, demonstrada pelo mecanismo estudado por Zygmunt Bauman, e a Metateoria do Direito Fraterno de Eligio Resta . Por meio das análises de Foucault sobre o biopoder e sua biopolítica, é possível extrair mais entendimento sobre seus usos pelos “donos” do poder. Pela genealogia colonial desses códigos e conflitos com a pós-modernidade. O feminismo decolonial é utilizado como chave para observar as relações de poder e para isso utiliza as referências de Judith Butler e Rita Segato.
Downloads
Referências
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
__________________.Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BUTLER, Judith. Corpos que pensam: sobre os limites discursivos do sexo. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
______________. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: 2003.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 4ªedição, Forense Universitária, 1995.
_________________. História da sexualidade I: Vontade de Saber. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1985.
FREITAS, Vladimir Passos de. Trajes no Judiciário devem ser adequados a instância. 21 de agosto de 2011. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2011-ago-21/segunda-leitura-trajes-judiciario-adequados-instancia.
GOMES, Enéias. Do Dever do Ministério Público fiscalizar as portarias que limitam o acesso do jurisdicionado aos Fóruns. Tese apresentada no Congresso Estadual do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Ano 2010. Belo Horizonte. Maio de 2010. Disponível em: www.ammp.org.br/inst/artigo/Artigo-20.doc
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935 - 952, set. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/%x.
RESTA, Eligio. Percursos da Identidade: uma abordagem jusfilosófica. Trad. Doglas Cesar Lucas. Ijuí: Ed. Unijuí, 2014.
SALGADO, GISELE M. Roupas e poder no campo do Direito: um estudo de sociologia jurídica sobre a roupa que se entra no judiciário. Revista Âmbito Jurídico [Online], Fev. 2022, Cadernos de Sociologia. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/sociologia/roupas-e-poder-sociologia-juridica/.
SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial, e-cadernos CES [Online], n. 18, Dez. 2012. Disponível em: https://doi.org/10.4000/eces.1533.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam nesta revista concedem à Revista da Faculdade de Direito da UFG uma licença mundial, sem royalties, sujeita aos termos e condições da Licença Jurídica Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil Creative Commons Attribution License
Os autores concedem à RFD UFG todos os direitos autorais sobre os artigos nela publicados, que os mantêm com exclusividade até o advento de domínio público sobre os mesmos.