Interseccionalidade manifesta:

a contribuição epistemológica das teorias construídas no sul global

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5216/lahrs.v4.81299

Schlagworte:

Feminismo Negro. Abordagem Decolonial. Teoria Feminista.

Abstract

O conceito de interseccionalidade foi sistematizado por Kimberlé Williams Crenshaw e publicado pela primeira vez em seu artigo “Desmarginalizando a intersecção de raça e sexo: uma crítica feminista negra da doutrina antidiscriminação, teoria feminista e políticas antirracistas” em 1989. A teoria interseccional sugestiona que, em vez de lidarmos exclusivamente com grupos distintos de pessoas, lidamos com grupos que se sobrepõem. Essa sobreposição pode se entrelaçar em âmbitos de gênero, raça, etnia, idade, entre outros. Crenshaw, antes de cunhar o conceito já vinha trabalhando-o em seus escritos sobre raça e gênero. Da mesma maneira, no sul global, as questões interseccionais já eram inquietações de pesquisadoras como Lélia Gonzalez (1984;2018) e Sueli Carneiro (1997) em seus ensaios e artigos sobre gênero e raça, com estudos sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras, construção de identidades e feminismo negro. Os escritos de Lélia Gonzalez, antropóloga brasileira, assim como de outras pesquisadoras, com abordagem decolonial, são de suma importância para compreensão das questões interseccionais enfrentadas por mulheres de países de economia emergente e subdesenvolvidos.  Por meio de uma pesquisa qualitativa, com abordagem decolonial, o objetivo do trabalho é traçar a contribuição epistemológica das teorias construídas por pesquisadoras no sul global como Lélia Gonzalez (1984;2018) e Sueli Carneiro (1997) para ampliação da compreensão do conceito de interseccionalidade.

Autor/innen-Biografien

Kenny Stephanny Souza Oliveira, UFG

Doutoranda e mestra pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás - UFG. Especialista em Direito Constitucional Aplicado pela FALEG e em Direito Civil e Processo Civil pela UNINASSAU. Bacharela em Direito pelo Centro Universitário de Anápolis (2020). Advogada Sócia no Escritório Kenny Oliveira Advocacia. Pesquisadora do Observatório Regional de Políticas de Combate às Violências de Gênero de Goiás e do Centro de Estudos Constitucionais Comparados da UnB (CECC). É sócia-fundadora e conselheira da Associação Escola da Praça que promove eventos, palestras e cursos nas diversas áreas em parceria com instituições de ensino, estimulando a práxis de análise crítica da sociedade. Atuou como estagiária de gabinete pelo Tribunal de Justiça de Goiás - TJ/GO, desenvolvendo habilidades de atendimento ao público e análise de processos cíveis. Egressa do curso técnico em Secretaria Escolar pelo Instituto Federal de Goiás - Câmpus Anápolis (2015), onde desenvolveu trabalhos e pesquisas voltados para a educação humanista e profissional. Foi conselheira, representante discente, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEPEX) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2014-2015). Foi membro da Liga Acadêmica de Direitos Humanos Holística do curso de Direito da UniEVANGÉLICA. Desenvolveu pesquisas no Núcleo de Pesquisa em Direito da UniEVANGÉLICA (NPDU) e no grupo de pesquisa PANECÁSTICA - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Homem, o Trabalho e a Educação Profissional Tecnológica, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Atuou como docente de Língua Portuguesa e Literatura pelo Colégio Estadual Helena Nasser (2015). No momento desenvolve pesquisas com abordagem decolonial em Direitos Humanos e Direito Público, direcionadas aos direitos dos servidores públicos, gênero e educação, atuando em grupos de pesquisa, desenvolvendo palestras, estudos e trabalhos sociais. Seu interesse atual é voltado ao desenvolvimento de trabalhos e pesquisas em desigualdade e violência de gênero, raça e classe, administração pública e democrática, política fluida, princípios constitucionais, gestão participativa, bem como análise do tratamento legal da educação enquanto direito social passível as contingências políticas e sociais no Estado Democrático de Direito.

Margareth Pereira Arbués, UFG

Possui Licenciatura em Estudos Sociais e em História (UCG) , Bacharelado em Direito (UCG), Mestrado em História das Sociedades Agrárias (UFG) , doutorado em Ciências da Religião (PUC-GO) e Pós doutorado em La tutela dei soggetti deboli negli ordinamenti europei e latino-americani: Direito e Vulnerabilidade pela Universitá Degli Studi di Messina - Repubblica Italiana. É advogada inscrita - OAB- Seção de Goiás, professora associada na Universidade Federal de Goiás/Câmpus Goiás onde atuou como coordenadora do curso de Direito ( 2016/2017); vice diretora do Campus (2017-2021) e atualmente , Diretora do Campus Goiás ( Gestão: 2021-2025) . É professora permanente no Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da universidade Federal de Goiás (PPGIDH/UFG) Tem experiência docente e administrativa nas áreas de Educação, História e Direito . Dentre outras, já ministrou aulas de História Geral e do Brasil, História da Educação, História do Direito, História do Pensamento Jurídico, Teoria do Estado, Ciências Políticas, Fundamentos do Estado, Introdução ao Direito, Instituições Judiciárias, Ética Jurídica, Argumentação e Hermenêutica Jurídica, Antropologia Jurídica, Direitos Humanos e Sociais, Direito Civil, Direito Educacional, Direito, Gênero e Sexualidade, Direito e Feminismso, entre outros. Tem pesquisado os temas: Estudos Regionais , Educação Superior, Educação Jurídica, Formação de Professores, Movimentos Sociais e Religião, Tecnopolíticas e Violências de Gênero, Direitos das Mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Gênero e Sexualidade, Feminismos e interseccionalidades; Ecofeminismo; Decolonialidade e Direitos Humanos. É pesquisadora da Rede Goiana de Pesquisa em Direitos Humanos e Estudos de Violência Doméstica e Familiar (FAPEG) ; membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Estado, Desenvolvimento e Desigualdade - GEPEDD ( UFG-CNPq), é vice-lider dos Grupo de Estudo e Pesquisa em Direitos Fundamentais e Sociambientais - DIFUSA (PUC-CNPq); é vice-líder do Núcleo Interdisciplinar de Patrimônio, Artes e Memória - NIPAM (UFG-CNPq) e líder do GEP - Gênero, Democracia e Direitos Humanos - GDDH (UFG-CNPq)

Veröffentlicht

2024-12-12

Ausgabe

Rubrik

Human Rights and Resistance