Quando o bordado e a memória se entrelaçam
imagem e oralidade em Arpilleras amazônicas
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v23i3.51464Resumo
Resumo: O presente artigo trata da relação entre arte e movimentos sociais através da criação de oficinas de confecção de arpilleras durante a ditadura de Pinochet (1973–1990). As arpilleras chilenas foram instrumentos de resistência política e mobilização popular. Uma das especificidades desse artesanato tradicionalmente feito por mãos femininas é a sua linguagem visual que requer do historiador sensibilidade para lidar com a memória em tecido. No Brasil, a técnica da arpillera está sendo adotada por mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens como instrumento de denúncias por violações dos direitos humanos e registro de perda de lugares de memórias, em virtude da construção de hidroelétricas e da desterritorialização de populações ribeirinhas impactadas.
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