Fixos e Fluxos

da política de exaltação da sé de Compostela às rebeliões urbanas do século XII

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5216/hr.v30i1.82328

Mots-clés :

Fixos e fluxos, A política de exaltação da sé jacobeia, Rebeliões em Santiago de Compostela

Résumé

No artigo Fixos e Fluxos: da política de exaltação da sé de Compostela às rebeliões urbanas do século XII, apresentamos e discutimos a historiografia que se debruçou acerca das rebeliões compostelanos de 1116-1117 e 1136. Por outro lado, tratamos da principal causa que originou os movimentos – a política de exaltação da sé de Compostela -, demonstrando, com isso, nossa predileção pela corrente historiográfica sociorreligiosa – forma como a nomeamos. Ao dar continuidade, ampliar e fortalecer a política pró-Compostela iniciada sob o bispado de Diego Peláez (1071-1088), Diego Gelmírez (1101-1140) transformou o centro do seu senhorio em um espaço destinado fundamentalmente às peregrinações e ao acolhimento de populações transitórias – elementos essenciais na legitimação da apostolicidade de sua sé e na consecução de dignidades. Outrossim, o prelado também consolidou a liturgia franco-romana em sua diocese, além de capitanear uma reforma eclesiástica que promovia referenciais ultrapirenaicos se aproximando da cúria papal. Ao obliterar importantes fixos e tradições locais vinculadas ao culto jacobeu, o senhor-bispo atraiu o ressentimento de seus cidadãos por transformar a cidade de Compostela em um lugar que lhes era hostil e indiferente.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Jordano Viçose, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil, jordanovicose@gmail.com

Doutor em História Social das Relações Políticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Professor da Faculdade de Ensino Superior de Linhares (FACELI) e da Secretaria da Educação (SEDU). Membro do LETAMIS. Atua nas áreas de história medieval ibérica, com ênfase em rebeliões urbanas, peregrinações e episcopado.

Références

REFERÊNCIAS

Fontes medievais impressas

HISTORIA COMPOSTELANA. Introducción, traducción, notas y índices de Emma Falque. Madrid: Akal, 1994.

HISTORIA COMPOSTELANA. In: CORPVS CHRISTIANORVM, CONTINUATIO MEDIEUALIS, LXX. Edición Emma Falque Rey. Turnholti: Tipographi Brepols Editores Pontificii Turnholti: Tipohgraphi Brepols, 1988.

Liber Sancti Iacobi ‘Codex Calixtinus’. MORALEJO et. Al. (Org.). Reedição X. Carro Otero. Pontevedra: Xunta de Galicia, 1992.

Bibliografia

ABOU-EL-HAJ, Barbara. Santiago de Compostela in the time of Diego Gelmírez. Gesta, v. 36, n. 2, 1997, p. 165-179.

AYALA MARTÍNEZ, Carlos de. Sacerdocio y Reyno en la España Altomedieval. Iglesia y poder político en el Occidente peninsular, siglos VII – XII. Madri: Sílex, 2008.

BARREIRO SOMOZA, José. A tensión dialéctica entre burguesía e señores feudales nas primeiras formacións burguesas de Compostela: 1050-1150. In: BARROS, Carlos; VILAS NOGUEIRA, J. Dende Galicia, Marx: homenaxe a Marx no 1º centenario da sua morte. Castro: A Corunha, 1985, p. 219-242.

BARRERO SOMOZA, José. El Señorío de la Iglesia de Santiago de Compostela (Siglos IX XIII). La Coruña: Imprenta Provincial, 1987.

BARROS, José D´Assunção. Fixos e fluxos: revisitando um par conceitual. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, v. 29, n. 2, p. 493-504, 2020.

______. História, Espaço, Geografia: diálogos interdisciplinares. Petrópolis: Vozes, 2017.

BURKE, Peter. A revolução francesa da historiografia: a escola dos Annales (1929-1989). São Paulo: Unesp, 1991.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

CARMEN PALLARES, María del; PORTELA SILVA, Ermelindo. De Gelmírez a los irmandiños: conflictos sociales en la ciudad de Santiago. In: ESTEPA DÍEZ, Carlos; MARTÍNEZ SOPENA, Pascual; PÉREZ-ALFARO, Cristina Jular (Coords.). El camino de Santiago: estudios sobre peregrinación y sociedad. Madri: Fundación de Investigaciones Marxistas, 2000, p. 107-132.

______. Revueltas compostelanas del siglo XII: un episodio en el nacimiento de la sociedad feudal. In: VILLARES PAZ, Ramón (ed.). La ciudad y el mundo urbano en la historia de Galicia. Santiago de Compostela: Tórculo, 1988, p. 89-105.

______. Revueltas feudales en el camino de Santiago: Compostela y Sahagún. In: PEÑA SOLAR, Juan I. Ruiz de la (ed.). Las peregrinaciones a Santiago de Compostela y San Salvador de Oviedo en la Edad Media. Oviedo: Principado de Asturias, 1993, p. 313-333.

CÓRDOBA DE LA LLAVE, Ricardo. Los caminos de la exclusión en la sociedad medieval: pecado, delito y represión. In: LÓPEZ OJEDA, Esther (Coord.). Los caminos de la exclusión en la sociedad medieval: pecado, delito y represión. Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2012, p. 13-50.

ESTEPA DÍEZ, Carlos. Sobre las revueltas burguesas en el siglo XII en el Reino de León. Archivos leoneses: revista de estudios y documentación de los Reinos Hispano-Occidentales. Leão, n. 55-56, 1974, p. 291-307.

FANDIÑO FUENTES, Rafael. La “translatio” de los Santos Mártires de Braga a Compostela: reflexiones sobre el capítulo I, 15 de la “Historia Compostelana”. Cuadernos de Estudios Gallegos, v. 64, 2017, p. 119-140.

FALQUE REY, Emma. Las peregrinaciones a Santiago en la Historia Compostelana. Compostellanum, v. 43, n. 1-4, 1998, p. 588-592.

FLETCHER, Richard. A. A vida e o tempo de Diego Xelmírez. Vigo: Galaxia, 1993.

FORNEY, Christopher James. Spaces of exclusion in twelfth-century Santiago de Compostela. Comitatus, v. 42, 2011, p. 55-88.

MITRE FERNÁNDEZ, Emilio. Iglesia, herejía y vida política en la Europa medieval. Madri: Biblioteca de Autores Cristianos, 2007.

MONTENEGRO, Julia. El cambio de rito en los reinos de León e Castilla según las crónicas. In: MARTÍNEZ SOPENA, Pascual; RODRIGUES, Ana (Orgs.). La construcción medieval de la memoria regia. Valencia: Universitat de València, 2011. p. 71-86.

PASTOR DE TOGNERI, Reyna. Conflictos sociales y estancamiento económico en la España medieval. Barcelona: Ariel, 1973.

REAL, Manuel Luis. O projecto da catedral de Braga, nos finais do século XI, e as origens do românico português. In: IX Centenário da dedicação da Sé de Braga. Actas do Congresso Internacional, v. 1, Braga, Universidade Católica Portuguesa e Cabido Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, p. 435-489.

RUCQUOI, Adeline. Diego Gelmírez: un archevêque de Compostelle "pro-fançais"?. Ad limina, n. 2, 2011, p. 157-176.

______. O caminho de Santiago: a criação de um itinerário. In: Signum, v. 9, 2007, p. 95-120.

RUST, Leandro Duarte. Bispos guerreiros: violência e fé antes das cruzadas. Petrópolis: Vozes, 2018.

SALVADOR MARTÍNEZ, H. La rebelión de los burgos: crisis de estado y coyuntura social. Madri: Tecnos, 1992.

SANTOS, Milton. Espaço e sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, 1979.

SILVA, Andréia Cristina Lopes Frazão da. A reforma gregoriana e o bispado de Santiago de Compostela segundo a Historia Compostelana. Anuario brasileño de estudios hispánicos, n. 10, 2000, p. 217-232.

VÁZQUEZ DE PARGA, Luis. La revolución comunal de Compostela en los años 1116 y 1117. Anuario de historia del derecho español, Madri, n. 16, 1945, p. 685-703.

VÁZQUEZ DE PARGA, Luis; MARÍA LACARRA, José; URÍA RÍU, Juan. Las peregrinaciones a Santiago de Compostela. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1948.

VIDOTE, Adriana; RUI, Adailson José. Caminhos físicos, imaginários e símbolos: o culto a são Tiago e a peregrinação à Compostela na Idade Média. Projeto de História revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, [S. I.], v. 42, 2011.

Téléchargements

Publié-e

2025-11-29

Comment citer

VIÇOSE, Jordano. Fixos e Fluxos: da política de exaltação da sé de Compostela às rebeliões urbanas do século XII. História Revista, Goiânia, v. 30, n. 1, p. 113–136, 2025. DOI: 10.5216/hr.v30i1.82328. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/82328. Acesso em: 5 déc. 2025.

Numéro

Rubrique

Dossiê: "História Ibérica: Conexões, Transformações e Persistências"