Revolta Política e Contradições Sociais na Guiana Francesa
o movimento de março/abril de 2017 através do Jornal France-Guyane
Palabras clave:
História, Política, RevoltaResumen
Durante um mês a Guiana Francesa foi palco da maior manifestação social de sua história. Coletivos, políticos, sindicatos e pessoas comuns se envolveram no bloqueio quase que total da coletividade, reivindicando diminuição da violência urbana, mais empregos e desenvolvimento econômico. Com o passar dos dias, várias pautas foram produzidas, gerando inclusive clamores autonomistas. Minha hipótese é a de que essa revolta seguiu uma lógica semelhante às Primavera Árabe de 2010 e as Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, quando um episódio restrito, no caso aqui em tela o protesto contra a morte violenta de um adolescente na periferia de Caiena, gerou uma convulsão social com inúmeros desdobramentos. O método utilizado foi uma análise densa do jornal diário France-Guyane, único a noticiar o movimento do dia a dia, e o consequente estabelecimento da cronologia dos eventos. A peculiaridade do estatuto político da Guiana Francesa levou suas autoridades a ficarem, na maior parte do tempo, ao lado dos revoltosos, as vésperas das eleições presidenciais francesas.
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