Reflexões sobre o Teatro Pós-Revolução

“Liberdade, Liberdade” (1974) em Portugal

Autores

Palavras-chave:

Teatro; Revolução dos Cravos; “Liberdade, Liberdade”

Resumo

O artigo discute a importância do teatro na sociedade portuguesa após a Revolução dos Cravos. Destaca-se a encenação da peça “Liberdade, Liberdade” (1965, Flávio Rangel e Millôr Fernandes) como um evento significativo nesse contexto, ocorrendo poucos meses após os eventos revolucionários. A adaptação da peça, realizada por Luís Francisco Rebello, Luís de Lima e Helder Costa, é apresentada como parte de um movimento mais amplo de redefinição cultural em Portugal. “Liberdade, Liberdade” incorporou uma variedade de elementos da cultura portuguesa, como poesias, músicas e cenas teatrais adaptadas, que ecoavam os anseios por liberdade e democracia vivenciados pela sociedade naquele momento histórico. Através desses elementos, a peça insere-se em um espaço de experiência da cultura pós-revolucionária. Na atmosfera de liberdade recém-conquistada em Portugal, surgiram novos significados e possibilidades interpretativas. Este artigo busca explorar as dinâmicas culturais e políticas que envolveram essa importante obra teatral.

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Biografia do Autor

Thais Vieira, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutora em História pela Universidade Federal de Uberlândia e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo. Docente do departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História (PPGHIS) da Universidade Federal de Mato Grosso.

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Publicado

2024-10-15

Como Citar

VIEIRA, T. Reflexões sobre o Teatro Pós-Revolução: “Liberdade, Liberdade” (1974) em Portugal. História Revista, Goiânia, v. 29, n. 1, p. 232–250, 2024. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/79330. Acesso em: 6 nov. 2024.