Coletivo ação zumbi
uma história de (re)existência e inspiração para uma educação antirracista e decolonial
Palavras-chave:
Decolonialidade, Ação Zumbi, Educação Étnico-Racial.Resumo
A proposta do artigo é refletir sobre a importância histórica e política do Coletivo Ação Zumbi, um grupo que realiza performances artísticas multidimensionais em espaços, formais e não-formais principalmente nas cidades São José e Florianópolis. Suas ações revelam performances memórias contra-hegemônicas de origem afro-brasileira a partir da perspectiva de um povo que existe, (re)existe e resiste, ancorado num ideário de maior justiça epistemológica. A atuação do coletivo evidencia um alinhamento ao pressuposto da decolonialidade do saber e da educação para as relações étnico-raciais, que podem contribuir com a educação escolar no semear de uma proposta pedagógica e antirracista promovendo uma troca de saberes com a conexão entre a educação formal das escolas e a educação não formal dos movimentos negros. A pesquisa é construída em diálogo com os integrantes do coletivo a partir de lives e redes sociais do Coletivo disponibilizados ao público em geral. Teoricamente temos dialogado, especialmente, com autoras negras com uma perspectiva decolonial e antirracista.
Downloads
Referências
ANTONACCI, Maria Antonieta. Teatros de memória em diáspora: por uma pedagogia performática. REBENTO: REVISTA DAS ARTES DO ESPETÁCULO, v. 6, p. 158-178, 2017.
ANTONI, Edson; PAIM, Elison Antonio; ARAUJO, Helena Maria Marques. Insurgências no Ensino de História: narrativas e saberes decoloniais. In: CESCO, Susana; MAGALHÃES, Aline Montenegro; AGUIAR, Leila Bianchi; ALVES JR, Alexandre G. da Cruz. Ensino de História: reflexões e práticas decoloniais. Porto Alegre: Letra 1, 2021, p. 23-38.
BERNARDINO-COSTA, Joaze, MALDONADO-TORRES, Nelson, GROSFOGUEL, Ramón. (Orgs.). Decolonialidade e pensamento Afrodiaspórico. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. [online]. 2002. www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf&lang=pt. (Acesso em 28 de maio de 2021).
BORDA, Orlando Fals. Ante la crisis del país: ideas-acción para el cambio. Bogotá: El Áncora Editores; Panamericana Editorial, 2003.
GOMES, Nilma Lino. O movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.
IROBI, Esiaba. O que eles trouxeram consigo: carnaval e persistência da performance estética africana na Diáspora. Tradução de Victor Souza Martins, Projeto História, n.44, São Paulo: Educ,2012.
LIGIÉRO, Zeca. Corpo a corpo: estudo das performances brasileiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
LIGIÉRO, Zeca. Teatro das origens: estudo das performances afro-ameríndias. Rio de Janeiro: Garamond, 2019.
MARTINS, Leda. Performances da Oralitura: Corpo, lugar de memória. IN: Revista Letras, Santa Maria- Volume 30, número 60, 2020.
MIGNOLO, Walter. Desobediência epistémica: Retórica de la modernidade, Lógica de la colonialidade y gramática de la descolonialidad, Buenos Aires: Ediciones Del signo, 2010.
MIRANDA, Claudia, ARAUJO, Helena M. M. Memórias Contra-hegemônicas e Educação para as Relações Étnico-Raciais: práticas coloniais em contextos periféricos. Perspectiva – Revista do Centro de Ciências da Educação. V. 37, nº 2, p. 378-397, abril/junho 2019.
PAIM, Elison Antonio. Para além das leis: o ensino de culturas e histórias africanas, afrodescendentes e indígenas como decolonização do ensino de história. In: MOLINA, Ana Heloisa, FERREIRA, Carlos. (Orgs.) Entre textos e contextos: caminhos do ensino de História. Curitiba: editora CRV, 2016, 556 p.
PAIM, Elison A.; ARAÚJO, Helena M.M. Memórias Outras, Patrimônios Outros e Decolonialidades: Contribuições Teórico-metodológicas para o Estudo de História da África e dos Afrodescendentes e de História dos Indígenas no Brasil. Education policy analysis archives, [S.l.], v. 26, p. 92, july 2018. ISSN 1068-2341. Availableat: <https://epaa.asu.edu/ojs/article/view/3543/2103>. Date accessed: 27 july 2018. doi:http://dx.doi.org/10.14507/epaa.26.3543.
PAIM, Elison Antonio. No Entrecruzar dos fios nasce uma trama de histórias, memórias, patrimônios e identidades. IN: Entrecruzando saberes: Histórias, memórias, patrimônios e identidades. PAIM, Elison A., GUIMARÃES, Maria de Fátima (org.). Jundiaí, SP: Paco Editorial, 2020.
PALERMO, Zulma. Para una pedagogia decolonial. Colección El desprendimiento. Buenos Aires: El signo, 2014.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. In: CASTROGÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (Orgs.). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidade epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Universidad Javeriana-Instituto Pensar, Universidad Central- IESCO, Siglo del Hombre Editores, 2007.
SOUZA, Julianna Rosa de. O teatro negro e as dinâmicas do racismo no campo teatral. São Paulo: Hucitec, 2021.
VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu editora, 2020.
WALSH Catherine; SALAZAR, Juan García. Memoria colectiva, escritura y Estado. Prácticas pedagógicas de existencia afroecuatoriana. Cuadernos de literatura, [S. l.], v. XIX, n. 38, p. 79- 98, jul./dez. 2015. Disponível em: https://bit.ly/2VCGjUL. Acesso em: 20 dez. 2021.
WALSH, Catherine (ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo II. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2017.
WALSH, C., OLIVEIRA, L. F., & CANDAU, V. M. (2018). Colonialidade e pedagogia decolonial: Para pensar uma educação outra. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, Volume 26, Número 83, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaração de Direito Autoral
Concedo a História Revista o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.