The Black Woman in the Culture Circuit:

An Analysis of the Afros e Afins Channel

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5216/ci.v25.67044

Keywords:

Afros e Afins channel. Circuit of Culture. Semantic Network Analysis. Black Feminism.

Abstract

This article aims to analyze, based on the Circuit of Culture proposed by Richard Johnson, combined with Semantic Network Analysis, the process of production, representation and reception of black women concerning Afro e Afins Brazilian Youtube channel. Considering gender and race as a framework, we discuss Youtube as a platform which permits the cultural production by the minorities. Basing on the corpus, we highlight that the black women interpret the channel content basing on their own experiences, bringing on the comments not only the impressions regarding the way they feel represented on the discourses by Nátaly Neri - content producer -, but also reports of their everyday experiences as a black woman. They also suggest alternatives to bring visibility to their identities and non-stigmatized forms of representation, contradicting racist and sexist oppressions that affect them. We have concluded that, in addition to point out gaps, media contents as the analyzed channel mean new discourses of resistance.   

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Renata Barreto Malta, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, Sergipe, Brasil, renatamaltarm@gmail.com

Pós doutorado na Universidad de Sevilla. Doutora em Comunicação Social. Professora efetiva do Departamento de Comunicação Social da UFS (Universidade Federal do Sergipe). Professora Permanente do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Comunicação Social (PPGCOM) da Universidade Federal de Sergipe. Coordenadora do grupo de pesquisa GENI (Gênero e Interseccionalidades na Comunicação). 

Letícia Silva Mendonça, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, Sergipe, Brasil, leticiamendonca4@gmail.com

Mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação (PPGCOM) – Universidade Federal de Sergipe. Graduação em Comunicação Social com habilitação em Audiovisual pela Universidade Federal de Sergipe. Membro do Grupo de pesquisa GENI (Gênero e Interseccionalidades na Comunicação).

References

BALLESTRIN, Luciana. Feminismos Subalternos. Revista Estudos Feministas, v. 25, n. 3, p. 1035-1054, 2017.

BASTIAN, Mathieu et al. Gephi: um software de código aberto para explorar e manipular redes. Artigo online, 2009. Disponível em: https://gephi.org/publications/gephi-bastian-feb09.pdf. Acesso em: 5 de set. de 2022.

BORGES, Roberto Carlos et al. Quando a raça e o gênero estão em questão: embates discursivos em rede social. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, e54727, 2019.

CAMPOS, Graça Regina; CRUZ, Mônica da Silva. Disciplina, corpo e discurso na publicidade de produtos para cabelos cacheados. Entrepalavras, v. 8, n. 2, p. 120-136, 2018

CAMPOS, Luís Augusto et al. A Raça e o Gênero nas Novelas dos Últimos 20 Anos. Rio de Janeiro: UERJ, 2018.

CARNEIRO, Sueli. Gênero, Raça e Ascensão Social. Revista Estudo Feministas, Florianópolis. v. 3, n. 2, p. 544-552, 1995.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLANDA, Heloís Buarque (Org). Pensamento feminista - conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2019.

CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: Movimentos sociais na era da internet. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

COSTA, Claudia. Os Estudos Culturais na encruzilhada dos feminismos materiais e descoloniais. Revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, v. 44, p. 79-103, 2014.

COSTA, Thaís. Quais são as redes sociais mais usadas no Brasil em 2019? Rockcontent. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/. Acesso em: 5 de set. de 2022.

DANOWSKI, James. WORDij versão 3.0: software de análise de rede semântica. Chicago: Illinois University, 2013.

ESCOSTEGUY, Ana Carolina. Circuitos de cultura/circuitos de comunicação: um protocolo analítico de integração da produção e da recepção. Comunicação, mídia e consumo, v. 4, n. 11, p. 115-135, 2007

ESCOSTEGUY, Ana Carolina. Cartografias dos estudos culturais: Uma versão latino-americana. Belo Horizonte: Autentica, 2010.

FERREIRA, Ceiça. Reflexões sobre a ‘mulher’, o olhar e a questão racial na teoria feminista do cinema. Revista Famecos, v.25, n. 1, p. 1-24, 2018.

FIORE, Matheus. YouTube vai investir US$ 100 milhões em criadores de conteúdo negros. B9, 11 de junho de 2020. Disponível em: https://www.b9.com.br/127476/youtube-vai-investir-us-100-milhoes-em-criadores-de-conteudo-negros/. Acesso em: 12 de set. de 2020.

GARGALLO, Francesa. Feminismo Latinoamericano. Revista Venezolana de Estudios de la Mujer, Caracas. v. 12, n. 28, p. 17-34, 2007.

GOMES, Larisse. Estéticas em transformação: a experiência de mulheres negras na transição capilar em grupos virtuais. In: SILVA, Tarcízio (Org.). Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: Olhares afrodiaspóricos. São Paulo: Literarua, 2020.

GOMES, Nilma. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo Crespo. Educação e Pesquisa, v. 29, n. 1, p. 167-182, 2003.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo Afro-latino-americano. Caderno de Formação Política do Círculo Palmarino, n. 1, p. 12-20, 2011. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/271077/mod_resource/content/1/Por%20um%20feminismo%20Afro-latino-americano.pdf. Acesso em: 06 de set. de 2022.

GOOGLE. YouTube Black Brasil: ampliando vozes que devem ser ouvidas. 2017. Disponível em: https://brasil.googleblog.com/2017/11/youtube-black-brasil-ampliando-vozes.html. Acesso em: 15 de set. de 2020.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Trad. Adelaine Resende et al. Belo Horizonte: Editora da UFMG; Brasília, DF: Unesco no Brasil, 2003.

HALL, Stuart. Cultura e representação. Trad. Daniel Miranda; William Oliveira. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 2016.

HOOKS, Bell. Alisando o Nosso Cabelo. Portal Géledes, 2014. Disponível: https://www.geledes.org.br/alisando-o-nosso-cabelo-por-bell-hooks/. Acesso em: 07 de set. de 2020.

IBGE. Cor ou raça. 2019. Disponível em: https://bit.ly/2KkUicQ. Acesso em: 3 de set de 2020.

INTERVOZES. Proprietários da mídia. 2017 Disponível em: http://brazil.mom-rsf.org/br/proprietarios/. Acesso em: 11 de set. de 2020

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. Trad. Susana Alexandria. São Paulo: Aleph, 2009.

JOHNSON, Richard; ESCOSTEGUY, Ana Carolina; SCHULMAN, Norma. O que é, afinal, Estudos Culturais? Belo Horizonte: Autêntica Editora. Edição do Kindle, 2014.

KEMP, Simon. Digital 2020. Data Reportal. 2020. Disponível em: https://datareportal.com/reports/digital-2020-brazil. Acesso em: 21 de ago. de 2020.

LIMA, Ramalho. YouTube é processado por “discriminar” youtubers negros. Tecmundo, 2020. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/internet/154556-youtube-processado-discriminar-youtubers-negros.htm. Acesso em: 21 de ago. de 2020.

LOPES, Dailza; FIGUEIREDO, Ângela. Fios que tecem a história: o cabelo crespo entre antigas e novas formas de ativismo. Opará: Etnicidades, movimentos sociais e educação, v. 6, n. 8, n.p., 2018.

MALTA, Renata; OLIVEIRA, Laila. Enegrecendo as redes: o ativismo de mulheres negras no espaço virtual. Revista Gênero, v. 16, n. 2, p. 55-69, 2016.

MALTA, Renata; COSTA, Aianne; MEIRELLES, Pedro. #Casamentoreal: uma análise sociocultural a partir de postagens no Twitter. Revista Fronteiras, v. 21, n. 3, p. 28-40, 2019.

MENDONÇA, Rhayssa Fernandes; MAINIERI, Tiago. A internet como espaço de mobilização: a marca Use Huck e a apropriação da campanha “Somos Todos Macacos”. Comunicação & Informação, v. 17, n. 2, p. 187-201, 2014.

MITCHELL-WALTHOUR, Gladys. Afro-Brazilian women YouTubers’ Black Feminism in Digital Social Justice Activism. Interfaces Brasil/Canadá, v. 18, n. 3, p. 126-175, 2018.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: Identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 1999.

NERI, Nataly. Releitura de penteados que usava na infância. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CWst82YAftM. Acesso: 07 de ago. de 2020.

NERI, Nataly. Mulher? Que mulher? Racismo no movimento feminista, Lélia Gonzalez e outras reflexões. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_xMIYnIweRw. Acesso em: 07 de ago. de 2020.

NERI, Nataly. Mulher negra e sexualidade - Com Xan Ravelli e Gabi Oliveira - #YouTubeNegro. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_eXVMHWe8FE. Acesso em: 07 de ago. de 2020.

NJERI, Aza; RIBEIRO, Katiúscia. Mulherismo Africana: práticas na diáspora brasileira. Currículo sem fronteiras, v. 19, n. 2, p. 595-608, 2019.

PACHECO, Ana Claudia. Mulher negra: afetividade e solidão. Salvador: EDUFBA, 2013.

PAZ, Huri; MEIRELLES, Pedro. Discursos de ódio na internet: uma análise sobre a marginalidade dos corpos negros. In: Congresso brasileiro de pesquisadores negros, 10, Uberlândia, 2018. Anais... Uberlândia: COPENE, 2018.

PRYSTHON, Angela. Intersecções da teoria crítica contemporânea: estudos culturais, pós-colonialismo e comunicação. E-Compós, v. 1, p. 1-10, 2004.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet: considerações iniciais. E-Compós, v. 2, p. 1-23, 2005.

RECUERO, Raquel; BASTOS, Marco; ZAGO, Gabriela. Análise de redes para mídia social. Porto Alegre: Sulina, 2015.

RIEDER, Bernhard. Ferramentas de dados do YouTube (versão 1.11) [Software], 2015. Disponível em: https://tools.digitalmethods.net/netvizz/youtube/. Acesso em: 12 de set. de 2020.

SANTANA, Bianca. Mulher, cabelo e mídia. Revista Communicare, v. 14, n. 1, p. 132-144, 2014.

SILVA, Rodrigo Oliveira. Um mapa da direita no YouTube do Brasil através dos métodos digitais. 185 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2018.

SILVA, Tarcízio. Racismo Algorítmo em plataformas digitais: microagressões e discriminação em código. In: SILVA, Tarcízio (Org.). Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: Olhares afrodiaspóricos. São Paulo: Literarua, 2020.

SILVA, Thais. Construções identitárias e TIC(s): O caso do Blog ‘Blogueiras Negras. Extraprensa, v. 12, p. 488-504, 2019.

SOUZA, Daiana. Que voz é essa? Identidade e narrativa da mulher negra no YouTube. In: SILVA, Tarcízio Silva et al. (Orgs.). Estudando cultura e comunicação com mídias digitais. Brasília: IBPAD, 2018.

TRINDADE, Luis Valerio. It is not that funny: Critical analysis of racial ideologies embedded in racialized humour discourses on social media in Brazil. Tese (Doutorado em Sociologia) – University of Southampton, 2018.

VARGAS VALENTE, Virginia. Los feminismos latinoamericanos en su tránsito al nuevo milenio: Una lectura político-personal. In: MATO, D. (Org.). Cultura, Política y Sociedad: Perspectivas Latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

VIANA, Géssica; CARRERA, Fernanda. A (in)visibilidade da mulher negra youtuber. Revista Reciis, v. 13, n. 4, p. 707-724, 2019.

WESCHENFELDER, Viviane; FABRIS, Elí. Tornar-se mulher negra: escrita de si em um espaço interseccional. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 3, e54025, 2019.

WOODWARD, Kathryn, Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da, (Org.). Identidade e diferença: A perspectiva dos Estudos Culturais. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2020.

Published

2022-09-16

How to Cite

MALTA, R. B.; SILVA MENDONÇA, L. The Black Woman in the Culture Circuit: : An Analysis of the Afros e Afins Channel. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 25, p. 433–455, 2022. DOI: 10.5216/ci.v25.67044. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ci/article/view/67044. Acesso em: 13 may. 2024.