Imagens que transbordam
análise do Filme “Tão Sentido um Cheiro de Queimado? ”
DOI:
https://doi.org/10.5216/ci.v27.79804Palavras-chave:
Representação documentária, Tribalismo, Cultura underground, SubjetividadeResumo
O objetivo do artigo consiste em desenvolver a análise do filme “Tão Sentindo um Cheiro de Queimado?”. Para tal empreitada, buscamos informações sobre uma cultura musical underground que surgiu na Paraíba em meados da década de 1980, realizando a pesquisa histórica no acervo do Arquivo Histórico Waldemar Duarte, localizado na biblioteca do Espaço Cultural em João Pessoa, PB. Nossa pesquisa é descritiva, documental e bibliográfica, oriunda do cruzamento de informações colhidas de periódicos, entrevistas e documentários fílmicos para desenvolver a coleta dos dados. Para a análise das imagens, nos apropriamos do conceito de “tribalismo” de Michel Maffesoli, da teoria do imaginário de Gilbert Durand e de outros conceitos, promovendo diálogos entre eles que nos ajudaram a pensar a representação que constitui o saber fílmico. Como resultado do estudo, buscamos um novo olhar, uma nova forma de enxergar, apreendendo no próprio filme imagens e falas que destacam o movimento, o dinamismo e a força de descolamento que as subjetividades punks e headbangers buscavam expressar, escapando da representação tanto do conhecimento cinematográfico quanto das falas dos cineastas.
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