Imaginário e gênero no cinema

uma análise de Tão Longe é Aqui

Autores

  • José Francisco Serafim Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, serafimjf@gmail.com https://orcid.org/0000-0003-3736-6818
  • Raquel Salama Martins Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, raquelsalam@gmail.com
  • Sandra Straccialano Coelho Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, sandrixcoelho@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-1378-177X

DOI:

https://doi.org/10.5216/ci.v25.67717

Palavras-chave:

Documentário, Gênero, Imaginário, Análise fílmica, Eliza Capai

Resumo

Este artigo tem por objetivo investigar o feminino no documentário autobiográfico Tão longe é aqui (2013), de Eliza Capai. Tomando como referência a teoria do imaginário de Gilbert Durand, buscamos contribuir para as reflexões sobre gênero e cinema a fim de compreender como a diretora representa a si mesma no encontro com mulheres africanas. A partir de uma análise interna do filme, os resultados mostraram que o imaginário emerge nos sonhos e nas imagens simbólicas de si e das outras, apresentado em metáforas alinhadas, sobretudo, a uma estrutura de sensibilidade noturna.

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Biografia do Autor

José Francisco Serafim, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, serafimjf@gmail.com

Doutor em Antropologia Fílmica pela Université Paris OuestNanterre (França), professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. 40170-115. Salvador (BA), Brasil.

Raquel Salama Martins, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, raquelsalam@gmail.com

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Membro do Laboratório de Análise Fílmica da UFBA. Bolsista Capes. 40130-000. Salvador (BA), Brasil.

Sandra Straccialano Coelho, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, sandrixcoelho@gmail.com

Doutora em comunicação e cultura contemporâneas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em multimeios pela Unicamp e bacharel em Letras pela mesma instituição. Membro do Laboratório de Análise Fílmica e do Núcleo de Análise do Cinema Documentário (UFBA). É investigadora associada ao Centro de Estudos das migrações e das relações interculturais da Universidade Aberta de Lisboa (CEMRI/UAB), onde pesquisa sobre a interface entre cinema documentário autobiográfico e migrações.

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TÃO LONGE é Aqui. Direção: Elisa Capai. Brasil. 2013 (76 min), color.

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Publicado

2022-09-21

Como Citar

SERAFIM, J. F.; MARTINS, R. S.; STRACCIALANO COELHO, S. Imaginário e gênero no cinema: uma análise de Tão Longe é Aqui. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 25, p. 456–476, 2022. DOI: 10.5216/ci.v25.67717. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ci/article/view/67717. Acesso em: 3 maio. 2024.