A inserção do SUS na discussão midiática entre cientistas e jornalistas na pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ci.v25.71990

Palavras-chave:

Comunicação e saúde, Sistema Único de Saúde – SUS, Pandemia, COVID-19

Resumo

A pandemia do novo coronavírus demonstrou, mais uma vez, a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no país. Dessa forma, este estudo buscou compreender como agentes fundamentais na Comunicação e Saúde no Brasil podem contribuir com a discussão. Cientistas e jornalistas estão sendo capturados pelas novas formas de comunicação fazendo com que o campo da mídia possa ser percebido como onipresente, como um metacapital entre os diversos campos sociais. Dessa forma, articulando ciência, informação, saúde e mídia, a metodologia qualitativa de análise (Triangulação de Métodos) mostrou que ainda é preciso uma maior consciência coletiva entre os especialistas sobre a urgência de se falar sobre o SUS, para que assim, inicie-se de fato um processo cultural sobre o significado do SUS na sociedade brasileira.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thalita Mascarelo da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil, thalitamld@hotmail.com

Tem Mestrado em Comunicação e Territorialidades pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (PósCom) UFES (2021). Graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (2017).Integrante dos grupos de pesquisa do Observatório Saúde na Mídia, Regional-ES - Convênio entre o Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UFES (PPGSC) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da FIOCRUZ (ICICT), e também do Observatório da Mídia: direitos humanos, políticas, sistemas e transparência, na Comunicação Social (UFES). Tem experiência na área de Comunicação e Saúde, com ênfase em Jornalismo científico e em saúde. 

Victor Israel Gentilli, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil, vgentilli@gmail.com

Professor titular no departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes. Docente do corpo permanente do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Territorialidades (Ufes). Ex- chefe do departamento de Comunicação Social - 2019-2021 Ex-coordenador do colegiado do curso de Jornalismo da Ufes 2015-2019. - Pesquisa a história do jornalismo brasileiro contemporâneo. - - Trabalha com crítica de mídia, em especial a cobertura de políticas públicas. - - Realiza estudos teóricos e empíricos sobre as relações entre jornalismo, direito a informação pública. transparência e accountability e acompanha a implantação da Lei de Acesso a Informação. - Jornalista desde 1975 e professor da Ufes desde 1982. Mestre(1995) e doutor (2003) em Ciências pela ECA-USP. Um dos dez membros do Comitê Organizador que organizou o encontro que resultou na criação em 2003 da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo - SBPJor e seu primeiro diretor-administrativo. Primeiro proponente (1998) e fundador da Rede Nacional de Observatórios da Imprensa - Renoi (2005). Publicou em 2005 o livro Democracia de Massas: jornalismo e cidadania, pela Edipucrs.

Referências

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34, 2016.

BARBOSA, M. C. Tempo, tempo histórico e tempo midiático: interrelações. In: MUSSI, C. F; VARGAS, H; NICOLAU, M. (Orgs.). Comunicação, Mídia e Temporalidades. Livro Compôs, 2017. Salvador: EDUFBA. p. 19-36.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1990.

BOURDIEU, P. Os usos sociais da Ciência, por uma sociologia clínica do campo

científico. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

BRAGA, J. L. Circuitos versus Campos Sociais. In: MATTOS, M. A; JANOTTI JÚNIOR, J; JACKS, N (Orgs.). Mediação e Midiatização. Livro Compós 2012. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 31-52.

BRANDÃO, E. P. Conceito de comunicação pública. In: BRANDÃO, E. P. Comunicação pública: mercado, sociedade, e interesse público. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009. p.1-33.

CAMPAGNUCCI, F. Falta encarar a transparência como política de Estado. In: PAUL, D; BECKER, D. (Orgs.). Ética jornalística e pandemia: entrevistas com especialistas. Florianópolis: UFSC, 2020. p. 52-56.

CHRISTOFOLETTI, R. A crise do jornalismo tem solução?. Barueri: Estação das Letras e Cores, 2019.

COULDRY, N. Media meta-capital: extending the range of Bourdieu's field theory. Theory and society, 32 (5-6), p. 653-677, 2003.

DENZIN, N.K.; LINCOLN, Y.S. O planejamento da pesquisa qualitativa. Porto Alegre, Penso, 2006, 432 p.

DESLAURIERS, J. O delineamento de pesquisa qualitativa. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: Enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p. 127-153.

FIGARO, R. A triangulação metodológica em pesquisas sobre a Comunicação no mundo do trabalho. Fronteiras-estudos midiáticos, v. 16, n. 2, p. 124-131, 2014.

FINGER, C.; SCIREA, B. Notícia em tempo real: as implicações da instantaneidade na credibilidade do telejornalismo. In: MUSSI, C. F.; VARGAS, H.; NICOLAU, M. (Orgs.). Comunicação, Mídias e Temporalidades. Salvador: EDUFBA, 2017. p. 137-154.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa-3. Artmed editora, 2004.

GOMES, R. et al. Organização, processamento, análise e interpretação de dados: o desafio da triangulação. In: MINAYO, M. C. S.; ASSIS, S. G.; SOUZA, E. R. (Orgs.). Avaliação por triangulação de métodos: Abordagem de Programas Sociais. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. pp. 185-221.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

MACHADO, I. B. Percepções sobre o SUS: o que a mídia mostra e o revelado em pesquisa. In: LERNER, K.; SACRAMENTO, I. (Orgs.). Saúde e Jornalismo: interfaces contemporâneas. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2014. p. 235-250.

MACHADO, I. B. O Globo e a Produção de Memórias sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Revista Brasileira de História da Mídia, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 149-170, 2020.

MARCONDES, N. A. V; BRISOLA, E. M. A. Análise por triangulação de métodos: um referencial para pesquisas qualitativas. Revista Univale on-line. v. 20, n. 35, 2014.

MATTELART, A; MATTELART, M. Histórias das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 1999.

NASCIMENTO DA SILVA, C. N. A Revisão por Pares na Ciência: Limites e Possibilidades da Prática Científica à Luz da Teoria dos Campos de Bourdieu. Comunicação & Informação, Goiânia, v. 24, p. 1-18, 2021.

PAIM, J. S. O que é o SUS. Rio de Janeiro: SciELO-Editora FIOCRUZ, 2009.

PAIM, J. S; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Científica Ltda, 2014.

ROSSETTI, R. Supressão do tempo na sociedade midiatizada. In: MUSSI, C. F.; VARGAS, H.; NICOLAU, M. (Orgs.). Comunicação, Mídias e Temporalidades. Salvador: EDUFBA, 2017. p. 79-96.

TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. São Paulo, Ática, 1985.

Downloads

Publicado

2022-09-07

Como Citar

SILVA, T. M. da; GENTILLI, V. I. A inserção do SUS na discussão midiática entre cientistas e jornalistas na pandemia. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 25, p. 288–313, 2022. DOI: 10.5216/ci.v25.71990. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ci/article/view/71990. Acesso em: 17 jul. 2024.