Ensaio-analítico: documentário a invenção da infância
DOI:
https://doi.org/10.5216/c&i.v12i1.10872Palavras-chave:
Cinema, Infância, Subjetividade, Genealogia, Criação, Tempo, Autoria, Dispositivo de açãoResumo
Este ensaio-analítico busca percorrer as tramas, os circuitos, as fissuras, as trilhas, ou seja, as questões engendradas por Liliana Sulzbach na produção do documentário “A Invenção da Infância”. A cineasta nos impele a pensar a infância, o ser criança como processo construído historicamente. Entretanto, essa tarefa não é apenas da cineasta, pois é delegada também a seus “sujeitos-personagens”, aos espectadores, à palavra-personagem, às diversas narrativas e aos múltiplos olhares. A cineasta-documentarista não “documenta”, não dá respostas “verdadeiras”, ao contrário, ela parece ter o desejo de criar uma problemática, e é através desta dinâmica, desse modo, que nos instiga a pensar sobre (e com) suas inquietações e/ou problematizações. A partir de um olhar genealógico e perspectivo, seus “sujeitos-personagens” são sempre tomados como sujeitos históricos que produzem formas polifônicas, singulares, plurais e coletivas de modos de existência. Sulzbach, nesta multiplicidade muito viva, repleta de diferenças, que permeia o tecido social, nos possibilita pontos de pensar.Downloads
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