Morfologia de fitólitos característicos de duas espécies de Arecaceae do bioma Mata Atlântica: Bactris setosa Mart. e Geonoma schottiana Mart.

Autores

  • Mayara Reis Monteiro Laboratório de Estudos Paleoambientais da Fecilcam
  • Janaina Silva Rossi Pereira Laboratório de Estudos Paleambientais da Felcicam
  • Giliane Gessica Rasbold Laboratório de Estudos Paleambientais da Felcicam
  • Mauro Parolin Laboratório de Estudos Paleambientais da Felcicam
  • Marcelo Galeazzi Caxambu Laboratório de Estudos Paleambientais da Felcicam

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v9i1.19197

Palavras-chave:

Conical echimate, Globular echimate, Opala silicosa

Resumo

Foi realizada a caracterização e quantificação das morfologias de fitólitos (corpos micrométricos de opala biogênica) da bráctea peduncular, dos folíolos e da ráquila de Bactris setosa Mart. e Geonoma schottiana Mart. (Arecaceae que tem ocorrência na Mata Atlântica). A extração foi realizada via dissolução ácida, posteriormente os fitólitos foram contados (400 grãos/ lâmina, 3 lâminas por estrutura vegetal), foi realiza a medição de seus diâmetros  e corte histológico dos folíolos. B. setosa apresentou de maneira predominante (>98% de ocorrência) o fitólito “conical echinate”, com diâmetros tem variação entre 4,04 - 19,73µm e comprimentos entre 0,65-3,21µm para suas estruturas vegetais, tal morfologia apresenta-se disposta alinhada longitudinalmente no folíolo. Em G. schottiana o fitólito predominante é “globular echinate” (>98,5%), com diâmetros A que variam entre 4,41-13,07µm e diâmetro B 5,84-24,28µm, os fitólitos estão dispostos no folíolo de maneira alinhada horizontal e transversalmente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Campos, A.C. De & Labouriau L.G.. 1969. Corpos silicosos de gramíneas dos Cerrados. II. Pesquisa Agropecuária Brasileira,4: 143-151.

Cavalcante, P. B. 1968. Contribuição ao estudo dos corpos silicosos das gramíneas Amazônicas I. Panicoideae(Melinideae, Andropogoneae, e Tripsaceae). Botânica, 80: 1-11.

Coe, H. H. G.; Alexandre, A.; Carvalho, C. N. de; Santos, G. M.; Silva, A. S.; Sousa, L. O. F.; Lepsch, I.F. 2012. Changes in Holocene tree cover density in Cabo Frio (Rio de Janeiro, Brazil): Evidence from soil phytolith assemblages. Quaternary International, 2: 1-10.

Kealhofler, L.; Piperno, D. 1998. Opal Phytoliths in Southeast Asian Flora. Washington: Smithsonian Institution Press

Henderson, A. J.; Galeano, G.; Bernal, R. 1995. Field Guide to the palms of the americas. Princeton: Princeton University Press, p.352.

Lorenzi, H.; Nablick, L. R.; Kahn, F.; Ferreira, E. 2010. Flora Brasileira Lorenzi: Arecaceae (palmeiras). Nova Odessa: Instituto Plantarum, p.179.

Lorenzi, H. 1996. Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum.

Lu, H. Y.; Wu, N. Q.; Liu, K. B.; Jiang, H.; Liu, T. S. 2007. Phytoliths as Quantitative Indicators for the Reconstruction of Past Environmental Conditions in China II: Palaeoenvironmental Reconstruction in the Loess Plateau. In: Quaternary Science Reviews, 26(5): 759–772.

Madella M., Alexandre; A. BALL; T. 2005. International Code for Phytolith Nomenclature 1.0, In: Annals of Botany, 96(2): 253-260.

Madella, M. 2008. Physiology of silica deposition. Curso ministrado no 7th International Meeting on Phytolith Research, Mar del Plata.

Medeanic, S.; Dillenburg, S. R.; Weschenfelder, J. 2007. Palinomorfos nos sedimentos de fundo de laguna dos Patos, RS: Aplicação nas reconstruções paleoambientais. In: Gravel, 5(1): 89-102.

Medeanic, S.; Cordazzo, C. V.; Corrêa, I. C. S.; Mirlean, N. 2008.Os Fitólitos em Gramíneas de Dunas do Extremo Sul do Brasil: Variabilidade Morfológica e Importância nas Reconstruções Paleoambientais Costeiras. In Gravel, 6(2): 1–14.

Monteiro, M. R.; Parolin, M.; Guerreiro, R. L.; Stevaux, J. C.; Pereira, J. S. R. Primeiras considerações paleoambientais com análise de fitólitos em sedimentos turfosos nos Campos Gerais do Estado do Paraná. In: XIII Congresso da associação brasileira de estudos do Quaternário - III Encontro do Quaternário Sul-americano, 2011, Armação dos Búzios - RJ. O Quaternário Sul Americano: Desafios e Perspectivas, 2011.

Osterrieth, M. 2008. Rol e importancia del estudio de las biomineralizaciones en Biología,Geología y Arqueología. Curso ministrado no 7th Interantional Meeting on Phytolith Research, Mar del Plata.

Piperno, D.R. 1988. A phytolith analysis: an archaeological and geological perspective. Academic Press, London, p. 280.

Piperno, D. R. 2006. Phytolithis: a comprehensive guide for archaeologists and paleoecologists. 1.ed. Oxford: AltaMira Press, p.238.

Raitz, E. 2012. Coleção de referência de silico-fitólitos da flora do sudoeste do Paraná: subsídios para estudos paleoambientais. 153 f. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Fran-cisco Beltrão, Paraná.

Rasbold, G. G.; Monteiro, M. R.; Parolin, M.; Caxambú, M. G. 2011. Formas de fitólitos presentes em Butiaparaguayensis (Barb. Rodr.) L. H. Bailey (Arecaceae) In: II Simpósio Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, Paraná.

Runge, F. 1999. The opal phytolith inventory of soils in Central Africa - Quantities, shapes, classification, and spectra. Review of Paleobotany and Palynology, 107: 23-53.

Sendulsky, T. S.; Labouriau, L. G. (Ed.).1966. Corpos silicosos de gramíneas dos cerrados. In Anais do Simpósio Sobre o Cerrado. Academia Brasileira de Ciências 38, suplemento, p. 159-170.

Zucol, A.F., Bertoldi de Pomar, H., Osterrieth, M. & Brea, M. Bibliografía sobre análisis fitolíticos. GEFACS, v.1, 1999.

Zucol, A. F.; Brea, M.; Scopel, A. 2005. First record of fossil wood and phytolith assemblages of the Late Pleistocene in El Palmar National Park (Argentina). In: Journal of South American Earth Sciences, 20: 33–43.

Downloads

Publicado

15-02-2013

Como Citar

MONTEIRO, M. R.; PEREIRA, J. S. R.; RASBOLD, G. G.; PAROLIN, M.; CAXAMBU, M. G. Morfologia de fitólitos característicos de duas espécies de Arecaceae do bioma Mata Atlântica: Bactris setosa Mart. e Geonoma schottiana Mart. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 9, n. 1, p. 10–18, 2013. DOI: 10.5216/rbn.v9i1.19197. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/19197. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos