Distribuição espacial em pequena escala de um anfípode exótico em fragmento florestal e plantio de espécies nativas
DOI:
https://doi.org/10.5216/rbn.v6i2.12853Palabras clave:
Amphipoda, espécie invasora, Floresta Atlântica, perturbação antrópica, Talitroides topitotumResumen
Interferências humanas nos ambientes naturais provocam a quebra de barreiras espaciais e competitivas, as quais podem influenciar a distribuição espacial das espécies. Neste trabalho, descrevemos a distribuição espacial de um anfípode exótico, Talitroides topitotum, em duas áreas distintas: um fragmento florestal e um plantio de espécies arbóreas nativas. Também analisamos possíveis variações dessa distribuição em diferentes épocas do ano e verificamos se a cobertura vegetal e a profundidade da serapilheira podem explicar o padrão de distribuição da espécie. Realizamos análises de distribuição de frequência para verificar os padrões de distribuição da espécie e testes de correlação para verificar o efeito das duas variáveis de estrutura do habitat. A análise de distribuição espacial revelou que T. topitotum tem distribuição agregada em ambas as áreas, o que indica que a espécie tem baixa exigência ambiental para seu estabelecimento ou que ambas as áreas encontram-se abaixo de um limiar mínimo de qualidade ambiental. No entanto, mesmo com esta semelhança, a população do fragmento florestal apresentou maior índice de agregação em relação à população do plantio. Corroborando estudos anteriores, houve correlação negativa entre abundância de T. topitotum e profundidade da serapilheira no plantio de espécies nativas. Estudos sobre habitats invadidos podem auxiliar a compreender como espécies invasoras ocupam novos ambientes e os que fatores podem influenciar em sua distribuição espacial.
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