Comunidades de térmites em plantações de eucalipto do litoral norte da Bahia, Brasil

Autores/as

  • Maria José Dias Sales Universidade Federal de Sergipe

Palabras clave:

termitofauna, Amitermes amifer, Nasutitermes corniger, xilófagos.

Resumen

Cupins são insetos mais conhecidos pelos danos econômicos que causam, seja em áreas urbanas, pastagens ou em áreas de cultivo, como cana-de-açúcar e florestas plantadas que pelos benefícios que suas atividades trazem aos ecossistemas do qual fazem parte. Este estudo teve como objetivo conhecer as espécies de cupins que ocorrem em plantações de eucalipto da Copener Florestal Ltda, a fim de contribuir para o conhecimento sobre a termitofauna da região. O estudo foi conduzido em seis áreas recém colhidas de Eucalyptus spp. da referida empresa, no mês de dezembro de 2005, por meio de 6 transectos seguindo protocolo proposto por Jones e Eggleton (2000), que determina transectos de 100m de comprimento por 2m de largura, subdivididos em 20 parcelas (2 x 5m) contíguas. Cada parcela foi amostrada por 1 h/pessoa, sendo retiradas em cada subdivisão 12 amostras de solo de até 10 cm de profundidade, para coleta de cupins. Foram coletadas 35 espécies de cupins, pertencentes a 21 gêneros e duas famílias, em um total de 826 amostras, nas seis áreas, sendo que 5 espécies ocorreram em todas as áreas e 8 foram exclusivas. A família Termitidae representou 98,67%  das amostras e Rhinotermitidae apenas 1,33%. Dez espécies foram consideradas dominantes, todas pertencentes à família Termitidae. As espécies dominantes pertencentes à subfamília Apicotermitinae, foram: Anoplotermes sp.1, com freqüência de 15,3% e a Anoplotermes sp.2, com 3,1%. Na subfamília Termitinae foram: Amitermes amifer, com 14%; Microcerotermes sp., com 8,5%, e Termes sp., com 4% de freqüência. Na subfamília Nasutitermitinae: Nasutitermes corniger, com 13,9% de freqüência; Diversitermes sp., cuja freqüência foi 7,3%; Nasutitermes sp.1, com 5,1%; Velocitermes heteropterus com 4,4%, e Constrictotermes cyphergaster, com 3,1% de freqüência. O grupo funcional com maior número de espécies foi o humívoro (14 espécies), sendo o número de amostras de cupins de hábito xilófago foi superior aos dos outros grupos funcionais (51,3%). O esforço amostral foi suficiente para coletar a maior parte da fauna de cupins existente nas respectivas áreas. A importância deste trabalho destaca-se pelo seu caráter pioneiro e deve ser considerado como um ponto de partida para futuros estudos sobre a termitofauna em plantações de eucalipto no litoral norte da Bahia.

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Biografía del autor/a

Maria José Dias Sales, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Licenciatura em Biologia pela Universidade do Estado da Bahia (2007). Mestre em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Sergipe e especialização em Gestão Ambiental em Municipios pela UTFPR. Atua como coordenadora do Programa Jovem Aprendiz em Inhambupe - BA, no Programa Despertar - SENAR com treinamento de professores da zona rural e produção de material didático e tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Insetos, atuando principalmente nos seguintes temas: cupins, sustentabilidade. Atua como professora na rede estadual de ensino e em escolas da rede particular (Ciências e Química). Atua como professora da Faculdade Santissímo Sacramento, disciplinas Química e Tratamento de Resíduos, colaboradora na EPOS - Empresa Jr.

Publicado

2012-12-21

Cómo citar

SALES, M. J. D. Comunidades de térmites em plantações de eucalipto do litoral norte da Bahia, Brasil. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 8, n. 2, 2012. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/19480. Acesso em: 22 nov. 2024.

Número

Sección

Resumo de Tese