Relação espécie-área em campos de murundus com diferentes históricos de perturbação

Autores

  • Cibele de Cássia Silva Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba, Rodovia BR 354, km 310 (a 1.300m), CEP 38810-000, Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil. E-mail: cibele.silva@ufv.br
  • Daniel Meira Arruda Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal de Viçosa.
  • Rúbia Santos Fonseca Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Estudos Superiores de Caxias, Departamento de Química e Biologia, Morro do Alecrim, CEP 65604-370, Caxias, Maranhão, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v13i1.36705

Palavras-chave:

Biogeografia de ilhas, conservação do Cerrado, grupos funcionais, vegetações degradadas, savana parque

Resumo

Atividades antrópicas promovem alterações em diversas características abióticas do meio, ocasionando mudanças em um dos mais consistentes padrões da ecologia, a relação espécie-área. Objetivamos avaliar as relações entre riqueza/abundância de plantas e área dos montes em campos de murundus (campos sazonalmente alagados com montes espaçados) circundados por matriz antrópica. Ademais, avaliamos como atividades antrópicas afetam essas relações e as síndromes de dispersão das comunidades. Amostramos dois campos de murundus, ambos circundados por monoculturas, um impactado (CMI) e outro protegido (CMII). Encontramos redução no número de espécies com o aumento da área do murundu no CMI e relação oposta no CMII. A abundância de indivíduos foi positivamente relacionada à área do murundu nos dois campos. Já em relação à síndrome de dispersão, a maior diversidade de síndromes foi encontrada no CMI. A área é um fator determinante dos padrões de riqueza e abundância de plantas nos murundus, mesmo em ecossistemas circundados por matriz antrópica. Como os campos avaliados estão expostos às mesmas condições climáticas e apresentam estrutura semelhante, a relação espécie-área negativa encontrada no CMI indica que a pressão antrópica nesse campo já foi efetiva em eliminar espécies e romper com um padrão esperado para as comunidades naturais.

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Biografia do Autor

Cibele de Cássia Silva, Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba, Rodovia BR 354, km 310 (a 1.300m), CEP 38810-000, Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil. E-mail: cibele.silva@ufv.br

Cibele de Cássia SilvaBacharela em Ciências Biológicas com ênfase em Conservação da Biodiversidade - UFV/CRPMestranda em Ecologia e Evolução - UFG

Daniel Meira Arruda, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal de Viçosa.

Sou bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros (2009) e mestre em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2012). Atualmente sou doutorando do PPG em Botânica da UFV, onde desenvolvo trabalhos de ecologia de vegetações. Meus interesses acadêmicos compreendem a fitogeografia, ecologia de paisagem e a interação solo-vegetação.

Rúbia Santos Fonseca, Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Estudos Superiores de Caxias, Departamento de Química e Biologia, Morro do Alecrim, CEP 65604-370, Caxias, Maranhão, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes(2006). Mestrado (2009) e Doutorado (2013) em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa. Trabalha com ecologia vegetal com enfoque na ecologia reprodutiva de comunidades vegetais brasileiras .

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Publicado

10-12-2016

Como Citar

DE CÁSSIA SILVA, C.; MEIRA ARRUDA, D.; SANTOS FONSECA, R. Relação espécie-área em campos de murundus com diferentes históricos de perturbação. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 13, n. 1, p. 250–260, 2016. DOI: 10.5216/rbn.v13i1.36705. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/36705. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos