Avaliação da atividade mutagênica e genotóxica de Ginkgo biloba L. pelo teste do micronúcleo em camundongos
DOI:
https://doi.org/10.5216/rbn.v3i2.2620Palavras-chave:
camundongos, citotoxicidade, extrato Ginkgo biloba, mutagenicidade, teste do micronúcleo.Resumo
Ginkgo biloba L. é uma planta medicinal amplamente utilizada pela população mundial para o tratamento de insuficiência cerebral, doenças vasculares e outras enfermidades. No presente trabalho foi avaliada a atividade clastogênica e/ou aneugênica do extrato das folhas de Ginkgo biloba L. (EGb 761) pelo teste de micronúcleo em eritrócitos policromáticos da medula óssea de camundongos. Grupos de cinco animais foram tratados com extrato EGb 761 por via gavage com doses de 50 mg/kg, 100 mg/kg e 200 mg/kg. Para todas as doses utilizadas, a freqüência de eritrócitos policromáticos micronucleados (EPCMN) foi avaliada no tempo de 24 horas pós-tratamento. A preparação citológica foi realizada de acordo com a metodologia de Heddle. citotoxidade foi avaliada pela relação de eritrócitos policromáticos e normocromáticos (EPC/ENC). Os resultados mostraram que o EGb 761 não provocou aumento significativo (p>0,05) na freqüência de EPCMN em relação ao grupo controle negativo. Não foi observada citotoxicidade para todas as concentrações utilizadas (P>0,01) em relação ao grupo controle negativo. Dessa maneira, pode-se sugerir que EGb 761 não apresentou atividade mutagênica e/ou citotóxica nas condições experimentais executadas.
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