Estudo retrospectivo de 98 felinos submetidos à acupuntura atendidos em serviço de reabilitação e dor crônica

Autores

  • Nuno Emanuel Oliveira Figueiredo Silva Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, São Paulo, Brasil, emmanunno@gmail.com
  • Jean Guilherme Fernandes Joaquim Instituto Bioethicus, Botucatu, São Paulo, Brasil, dr.jeanjoaquim@gmail.com
  • Stelio Pacca Loureiro Luna Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, São Paulo, Brasil, stelio@fmvz.unesp.br http://orcid.org/0000-0001-5312-9076
  • Maria Luísa Buffo de Cápua Instituto Bioethicus, Botucatu, São Paulo, Brasil, marialuisacapua@gmail.com
  • Bianca Paiva Rodrigues dos Santos Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, São Paulo, Brasil, biancapcrs@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.1590/cab19145513

Palavras-chave:

Medicina tradicional chinesa, Gatos, Pesquisa primária, Clínica, Neurologia.

Resumo

Este estudo retrospectivo avaliou os casos clínicos de felinos atendidos em Serviço de Reabilitação e Dor Crônica, durante 13 anos, totalizando 98 prontuários. Os objetivos deste estudo foram caracterizar o perfil do paciente atendido e avaliar a eficácia da acupuntura (AP) e dos métodos associados a esta técnica no tratamento de doenças em felinos e respectiva evolução clínica. Constatou-se que 69,7% dos pacientes melhoraram após tratamento com AP, 16,7% não apresentaram resposta significativa e 13,6% vieram a óbito. Não foram registrados casos de piora relacionados ao tratamento com AP, embora, dos nove animais que vieram a óbito, três foram devido à progressão da doença primária tratada exclusivamente com AP. As principais afecções tratadas foram relacionadas ao sistema nervoso - sobretudo trauma medular e encefálico – em que se registrou uma melhora em 53,7% dos animais. O tratamento foi considerado eficaz quando os pacientes recuperaram a capacidade normal de deambulação e em casos de doenças medulares quando o escore neurológico mudou de IV (grave) ou V (muito grave) para I (normal) ou II (leve alteração). A técnica de agulha seca foi a mais utilizada para os tratamentos, com 94,7% de prevalência, seguida da eletroacupuntura (30,6%) e da laserpuntura (21,4%). O número de sessões totais de AP foi em média de 6,97±14,97, sendo as mesmas semanais. Conclui-se que o estímulo de acupontos utilizando diferentes métodos foi eficiente para tratar a maioria dos gatos com diversas condições clínicas, evidenciando que esta espécie provavelmente responde tão bem como os cães após o tratamento de AP.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nuno Emanuel Oliveira Figueiredo Silva, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, São Paulo, Brasil, emmanunno@gmail.com

Jean Guilherme Fernandes Joaquim, Instituto Bioethicus, Botucatu, São Paulo, Brasil, dr.jeanjoaquim@gmail.com

Stelio Pacca Loureiro Luna, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, São Paulo, Brasil, stelio@fmvz.unesp.br

Maria Luísa Buffo de Cápua, Instituto Bioethicus, Botucatu, São Paulo, Brasil, marialuisacapua@gmail.com

Bianca Paiva Rodrigues dos Santos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, São Paulo, Brasil, biancapcrs@gmail.com

Downloads

Publicado

2018-01-28

Como Citar

OLIVEIRA FIGUEIREDO SILVA, N. E.; GUILHERME FERNANDES JOAQUIM, J.; PACCA LOUREIRO LUNA, S.; LUÍSA BUFFO DE CÁPUA, M.; PAIVA RODRIGUES DOS SANTOS, B. Estudo retrospectivo de 98 felinos submetidos à acupuntura atendidos em serviço de reabilitação e dor crônica. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 19, p. 1–16, 2018. DOI: 10.1590/cab19145513. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/e-45513. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

MEDICINA VETERINÁRIA