Diversidade beta de pássaros (Passeriformes, Linnaeus, 1758) na Amazônia Meridional

Autores

  • Welvis Felipe Fernandes Castilheiro University of Lisbon - UL, Faculty of Sciences, Lisbon, Portugal https://orcid.org/0000-0002-9675-846X
  • Manoel do Santos-Filho Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil
  • Robson Flores de Oliveira Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1089-6891v18e-40703

Palavras-chave:

Pássaros, diversidade

Resumo

Estimar a diversidade biológica e entender as mudanças acerca da especialização ecológica das espécies entre habitats em uma organização espacial é importante. A alta diversidade beta reflete numa pequena distância entre locais, mas que contêm alta incorporação de espécies, que geralmente possuem grande sensibilidade e não estão adaptadas ao estreitamento causado pelo desmatamento ou a presença de queimadas por ações antrópicas. Investigou-se a diversidade beta de pássaros (Passeriformes) na Amazônia Meridional em paisagens com coberturas vegetais mais heterogêneas: habitats de floresta alagada (iguapó), floresta de terra firme e buritis através de censo de audições, observações e fotografias. Marcaram-se pontos em equidistantes transectos. Em todo o estudo foram amostrados 126 pontos. Identificaram-se 148 espécies de pássaros da ordem Passeriformes, distribuídas em 27 famílias. A classificação sobre os habitats de forrageamento resultou em 97% das espécies que forrageiam em iguapó, 77% em floresta de terra firme e 18,1% em buritis, apenas 18% forragem nos três habitats. A análise de ordenação mostrou quais espécies estão mais relacionadas com cada habitat, a análise para a Beta diversidade Global certificou que a diversidade beta é alta (Whittaker: 7,7405). Como era esperado encontrou-se o mesmo padrão quando foi utilizada a medida de dissimilaridade por pares. Na análise de agrupamento, pode-se ver claramente a influência da distância espacial, mas em alguns pontos isto não ocorre. Estes pontos indicam o momento de transição e substituição de espécies. Na maioria dos casos, a influência da distância espacial é predominante e confirmou-se na análise de Mantel parcial. A influência da distância espacial entre o índice de dissimilaridade (diversidade beta) foi significante (r:0,0608, p:0,0049). Esta composição de espécies organizadas em pequenas populacões locais mas com alta diversidade beta não pode ser exposta ao desmatamento, corte seletivo de madeira e a caça furtiva como tem acontecido. Este estudo provê informações de habitats específicos de alta diversidade beta que estão correndo risco na estabilidade de suas populacões em face às mudanças ambientais contínuas nesta área de estudo.
Palavras-chave: conservação; influência da distância; pássaros da Amazônia; riqueza.

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Biografia do Autor

Robson Flores de Oliveira, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil

 

 

Publicado

2017-06-23

Como Citar

CASTILHEIRO, W. F. F.; SANTOS-FILHO, M. do; OLIVEIRA, R. F. de. Diversidade beta de pássaros (Passeriformes, Linnaeus, 1758) na Amazônia Meridional. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 18, 2017. DOI: 10.1590/1089-6891v18e-40703. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/e-40703. Acesso em: 16 mar. 2025.

Edição

Seção

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS