ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DERMATITE DIGITAL BOVINA EM DUAS PROPRIEDADES PRODUTORAS DE LEITE DO ESTADO DE GOIÁS, BRASIL

Autores

  • Maria Auxiliadora Leão Escola de Veterinária
  • Luiz Antonio Franco da Silva EV/UFG
  • Valéria de Sá Jayme EV/UFG
  • Leonardo Marçal da Silva EV/UFG
  • Maria Ivete de Moura EV/UFG
  • Valessa Teixeira Barbosa EV/UFG

DOI:

https://doi.org/10.5216/cab.v10i4.8470

Palavras-chave:

Sanidade Animal

Resumo

No período de novembro de 2000 a outubro de 2003 foram avaliados alguns aspectos epidemiológicos relacionados à dermatite digital em 7.752 bovinos de aptidão leiteira distribuídos em duas propriedades rurais, nos períodos seco e chuvoso do ano. O manejo, a idade, o sexo e o estado reprodutivo foram considerados variáveis intrínsecas às propriedades, e a introdução de animais sem exame podológico, o trânsito de bovinos a pé ou em caminhões, o acesso de pessoas estranhas aos criatórios, a presença de animais portadores de dermatite digital nas fazendas limítrofes e visitas diárias de caminhões transportadores de leite como fatores extrínsecos às propriedades. Para a comparação da frequência da enfermidade entre faixas etárias adotou-se o teste do qui-quadrado (?2), ao nível de significância de 5%. Para comparar a frequência da dermatite digital entre os períodos seco e chuvoso do ano, associada a diferentes sistemas de criação (intensivo e extensivo), fez-se o diagnóstico da enfermidade entre essas épocas e os diferentes manejos adotados, calculando-se o coeficiente de associação ( j) para quantificar a intensidade da possível associação entre as variáveis estudadas. Para as variáveis época do ano e sistema de criação, foi calculado o odds ratio (OR). Avaliou-se a influência dos diferentes fatores na frequência da doença utilizando-se coeficiente de Spearman para correlação entre ordenações. A dermatite digital foi diagnosticada em 161 (3,85%) animais na propriedade A (Jataí) e em 95 (2,66%) na propriedade B (Orizona). Houve diferença na frequência da doença entre as idades estudadas (p<0,01) nas propriedades avaliadas, sendo que a associação na propriedade A foi baixa (p<0,001) (j=0,13) e na propriedade B, moderada (j=0,41). Independentemente da faixa etária, o maior número de casos da enfermidade foi diagnosticado na estação seca do ano, ocasião em que os animais permaneceram confinados, verificando-se que a época do ano exerceu relativa influência sobre o aparecimento da doença, particularmente na propriedade B, tendo sido verificada uma associação (j=0,07). A precipitação pluviométrica e a introdução de novos animais na propriedade A não apresentaram correlação positiva com a enfermidade. Sob o manejo intensivo ocorreu maior número de casos que no extensivo. Já a maior frequência foi observada em animais entre três e seis anos e as vacas paridas apresentaram o maior número de lesões. Finalmente, o maior número de casos, independente da idade, ocorreu no período seco do ano. 
PALAVRAS-CHAVES: Casco, fatores associados, gado de leite, lesão podal.

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Publicado

2009-12-17

Como Citar

LEÃO, M. A.; SILVA, L. A. F. da; JAYME, V. de S.; SILVA, L. M. da; MOURA, M. I. de; BARBOSA, V. T. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DERMATITE DIGITAL BOVINA EM DUAS PROPRIEDADES PRODUTORAS DE LEITE DO ESTADO DE GOIÁS, BRASIL. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 10, n. 4, p. 1135–1147, 2009. DOI: 10.5216/cab.v10i4.8470. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/8470. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Medicina Veterinária

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