Feno de capim Paiaguás ceifado em diferentes horários do dia com dois teores de umidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-6891v25e-78876E

Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do horário de corte e do teor de umidade no enfardamento sobre as perdas no processo de produção e a qualidade nutricional na armazenagem do feno do capim Paiaguás. Os tratamentos avaliados foram, feno ceifado nos horários 10; 13 e 16 h e enfardado em dois teores de umidade, 15 e 20%. As menores perdas de matéria seca foram obtidas no corte às 10 horas e enfardamento com 15% de umidade. Os teores de carboidratos não fibrosos aumentaram para o corte realizado no período da tarde e reduziram durante o período de armazenamento, com influência para horário de corte e umidade de enfardamento. Houve aumento no teor da fração fibrosa em todos os tratamentos avaliados com o tempo de armazenamento, principalmente para o material que foi enfardamento com 20% de umidade. Durante a armazenagem a digestibilidade da matéria seca reduziu principalmente nos fenos armazenados com 20% de umidade ceifados às 10 e 13 h. O melhor horário de corte da forragem para fenação é no período da tarde entre 13 e 16 h.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Fonseca, DM, Martuscello, JA. Plantas forrageiras. 2ed. Viçosa, MG: Editora UFV; 2022. 591p.

Azevedo ACCG, Costa KAP, Collao-Saenz EA, Dias FJS, Severiano EC, Cruvinel WS. Nutritional value of Xaraes and Piata palisade grass silages prepared with additives or wilting. Acta Scientiarum. Animal Sciences. 2014; 36(1):25-31. https://doi.org/10.4025/actascianimsci.v36i1.18993

Reis RA, Basso FC, Roth APTP. Forragicultura, Ciência, Tecnologia e Gestão dos recursos Forrageiros. Jaboticabal. 1ª Edição; 2013. 699p.

Rotz CA, Shinners KJ, Digman M. Hay Harvest and Storage. In: Moore KJ, Collins M, Nelson CJ, Redfearn DD. (eds.) Forages: The Science of Grassland Agriculture. 2022; p. 749-765. https://doi.org/10.1002/9781119436669

Nascimento KS, Edvan RL, Ezequiel FLS, Azevedo FL, Barros LS. Araujo MJ, Bezerra LR, Biagiotti D. Morphological and morphometric characteristics, drying rate, and chemical composition of forage grasses grown for hay production. Semina: Ciências Agrárias. 2020; 41: 1037-1046. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n3p1037

Dantas CCO, Negrão FM. Fenação e ensilagem de plantas forrageiras. Pubvet. 2010; 4(40).

De Oliveira FCL, Sanchez JMD, Vendramini JMB, Lima, CG, Luiz PHC, Rocha CO, Pereira LET, Herling VR. Diurnal vertical and seasonal changes in non-structural carbohydrates in Marandu palisade grass. The Journal of Agricultural Science. 2017; 1(8). https://doi.org/10.1017/S0021859618000394

De Oliveira FCL, Sanchez JMD, Vendramini JMB, Lima CG, Luiz PHC, Rocha CO, Pereira LET, Herling VR. Time to move beef cattle to a new paddock: forage quality and grazing behaviour. The Journal of Agricultural Science. 2019; 1(10). https://doi.org/10.1017/S0021859619000133

Pelletier S, Tremblay GF, Belanger G, Bertrand A, Castonguay Y, Pageau D, Drapeau R. Forage nonstructural carbohydrates and nutritive value as affected by time of cutting and species. Agronmy Journal. 2010; 102. https://doi.org/10.2134/agronj2010.0158

Morin C, Bélanger G, Tremblay GF, Bertrand A, Castonguay Y, Drapeau R, Michaud R, Berthiaum R, Allard G. Short communication: diurnal variation of nonstructural carbohydrate and nutritive value in timothy. Canadian Journal of Plant Science. 2012; 92(5): 883-887. 2012. https://doi.org/10.4141/cjps2011-272

Ribeiro MG, Tres TT, Bueno AVI, Daniel JLP, Jobim CC. Effect of cutting time and storage time on the nutritional value of stargrass hay. Acta Scientiarum. 2024; 46:2-9. https://doi.org/10.4025/actascianimsci.v46i1.63835

Evangelista, AR, Lima, JA. Conservação de alimentos para bovinos. Informe Agropecuário. Belo Horizonte, 2013; 34(277), 43-52.

Neres MA, Ames JP. Novos aspectos relacionados à produção de feno no Brasil. Scientia Agraria Paranaensis. 2015; 14(1): 10-17. https://doi.org/10.18188/sap.v14i1.11138

EMBRAPA Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 171p.

IBGE Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Manual Técnico de Pedologia. Rio de Janeiro; 2007. 191p.

Da Silva SC, Júnior DDN. Avanços na pesquisa com plantas forrageiras tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia. 2007; 36:121-138. https://doi.org/10.1590/S1516-35982007001000014

Gobbi KF, Lugão SMB, Bett V, Abrahão JJS, Tacaiama AAK. Massa de forragem e características morfológicas de gramíneas do gênero brachiaria na região do arenito Caiuá/PR. Boletim de Industria Animal. 2018; 75:1-9. https://doi.org/10.17523/bia.2018.v75.e1407

AOAC Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis. Arlington, VI, USA: AOAC. 1990.

Mertens DR. Gravimetric determination of amylase-treated neutral detergente fiber in feeds with refluxing in beakrs or crucible: Collaborative study. Jornal of AOAC international. 2002; 85(6).

Hall MB. Neutral detergent-soluble carbohydrates. Nutritional relevance and analysis, Bulletin 339, Gainesville: University of Florida; 2000. 76 p.

Sniffen CJ, O’connor DJ, Van Soest PJ, Fox DG, Russell JB. A net carbohydrate and protein system for evaluating cattle diets: II. Carbohydrate and protein availability. Journal of Animal Science. 1992; 70: 3562-3577. https://doi.org/10.2527/1992.70113562x

Weiss WP. Energy prediction equations for ruminant feeds. Journal of Animal Science. 1999; 2:1-10.

Kearl LC. Nutrient requeriments of ruminants in developing countries. International Feedstuff Institute. Utah State University, Logan, Utah: 1982. 381p. https://doi.org/10.26076/6328-a024

Holden LA. Comparison of methods of in vitro dry matter digestibility for ten feeds. Journal of Dairy Science. 1999; 82. https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(99)75409-3

Orskov ER, McDonald I. The estimation of protein degradability in the rumen from incubation measurements weighted according to rate of passage. Journal of Agricultural Science. 1979; 92, 499-503. https://doi.org/10.1017/S0021859600063048

SAS INSTITUTE. Property software release 8. Cary, 1999. 956p.

Yari M, Valizadeh R, Naserian AA, Ghorbani GR, Rezvani Moghaddam P, Jonker A, Yu P. Botanical traits, protein and carbohydrate fractions, ruminal degradability and energy contents of alfafa hay harvested at three stages of maturity and in the afternoon and morning. Animal Feed Science and Technology. 2012; 172(3-4): 162-170. https://doi.org/10.1016/j.anifeedsci.2012.01.004

Dong Z, Li J, Wang S, Dong D, Shao T. Time of day for harvest affects the fermentation parameters, bacterial community, and metabolic caracteristics of sorghum-sudangrass hybrid silage. American society for microbiology. 2022; 7(4). https://doi.org/10.1128/msphere.00168-22

Collins M. Hay Preservation effects on yield and quality. In: Moore KJ, Peterson MA. Post-harvest physiology and preservation of forages. Madison: WI: CSSA Special Publications; 1995; 67-90. https://doi.org/10.2135/cssaspecpub22

Reis RA, Moreira AL, Pedreira MS. Técnicas para aprodução e conservação de forragem de alta qualidade In: Simpósio sobre Produção e Utilização de Forragens Conservadas, Maringá; 2001. p. 1-39.

Rotz CA, Abrams SM. Losses and Quality Changes During Alfalfa Hay Harvest and Storage. American Society of Agricultural Engineers. 1988. https://doi.org/10.13031/2013.30713

Coblentz WK, Turner JE, Scarbrough DA, Lesmeistes KE, Johnson ZB, Kellogg DW, Coffey KP, Mcbeth LJ, Weyers JS. Storage Characteristics and Nutritive Value Changes in Bermudagrass Hay as Affected by Moisture Content and Density of Rectangular Bales. Crop Sci. 2000; 40:1375–1383. https://doi.org/10.2135/cropsci2000.4051375x

Greenhill WL, Couchman JF, De Freitas J. Storage of hay, Effect of Temperature and Moisture on Loss of Dry Matter and Changes in Composition. Journal of the Science of Food and Agriculture. 1961; 12. https://doi.org/10.1002/jsfa.2740120406

Coblentz WK, Coffey KP, Young AN, Bertram MG. Storage characteristics, nutritive value, energy content, and in vivo digestibility of moist, large rectangular bales of alfalfa-orchardgrass hay treated with a propionic acid-based preservative. Journal of dairy Science. 2013; 96(4), 2521-2535. https://doi.org/10.3168/jds.2012-6145

De Carvalho GGP, Pires A JV, Veloso CM, Da Silva FF, Silva C. Degradabilidade ruminal de fenos de forrageiras tropicais. R. Bras. Agrociência. 2006; 12(1):81-85.

Publicado

2024-08-02

Como Citar

SAUTE, J. M.; TRES, T. T.; JOBIM, C. C. Feno de capim Paiaguás ceifado em diferentes horários do dia com dois teores de umidade. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 25, 2024. DOI: 10.1590/1809-6891v25e-78876E. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/78876. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

ZOOTECNIA