Indicadores clínicos e laboratoriais preditivos do desfecho negativo de emergências gastrointestinais em bovino
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-6891v24e-74401EResumo
Este estudo teve como objetivo identificar variáveis clínicas e laboratoriais que pudessem ajudar a predizer o desfecho negativo em bovinos acometidos por emergências gastrointestinais. Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo por meio de análise de regressão logística multivariada com base em dados coletados dos prontuários de bovinos internados na Clínica de Bovinos de Garanhuns, campus da UFRPE. Cento e vinte e dois bovinos atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos para o estudo. Dentre as variáveis clínicas, a frequência cardíaca e a distensão abdominal estão associadas ao desfecho em animais com deslocamento de abomaso à direita (DAD), e anorexia e 10% de desidratação em animais com distúrbio intestinal obstrutivo. Entre as variáveis laboratoriais, o fibrinogênio plasmáticao (FP) e a contagem total de leucócitos foram associados ao desfecho em animais com DAD, enquanto o FP e o L-lactato plasmático foram associados a animais com distúrbio intestinal obstrutivo. A frequência cardíaca (FC) e a contagem total de leucócitos permaneceram no modelo final da regressão ajustada para animais com DAD. Por outro lado, o L-lactato plasmático e o FP permaneceram no modelo final ajustado para animais com distúrbio intestinal obstrutivo. Bovinos com DAD e FC maior que 90 bpm apresentam maior chance de ter um desfecho negativo, enquanto bovinos com distúrbio intestinal obstrutivo e L-lactato plasmático maior que 1,84 mmol/L ou FP maior que 850 mg/dL têm maior chance de não sobreviver. Portanto, variáveis clínicas e laboratoriais como FC, FP e L-lactato plasmático são úteis para predizer o desfecho negativo em bovinos com doenças emergências gastrointestinais, especialmente DAD e distúrbios intestinais obstrutivos.
Palavras-chave: biomarcadores; doença gastrointestinal; fator prognóstico
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