Extrato etanólico de cascas recicladas de pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) induz apoptose em células de osteossarcoma canino
Resumo
O osteossarcoma é uma neoplasia mesenquimal associada à alta mortalidade em cães e humanos. O pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) é nativo do Cerrado, bioma rico em biodiversidade predominante na região Centro-Oeste do Brasil. Embora esta planta seja frequentemente utilizada na medicina popular, as propriedades farmacológicas da casca do pequi ainda são pouco conhecidas. Este estudo teve como objetivo determinar a atividade citotóxica do extrato etanólico de cascas de pequi recicladas em células de osteossarcoma canino. As células foram cultivadas e tratadas com concentrações finais de extrato de zero, 0,029 µg/µL, 0,29 µg/µL e 2,91 µg/µL por 24, 48 ou 72 horas. As células foram submetidas a ensaio de viabilidade celular pelos métodos de exclusão de azul de tripano da redução de tetrazólio para determinar a IC50, ao ensaio de sobrevivência celular para calcular a fração de sobrevivência e à dupla marcação com anexina V e iodeto de propídio para determinar o tipo de morte celular. O extrato etanólico de casca de pequi na concentração de 2,91 µg/µL apresentou a maior inibição do crescimento de células de osteossarcoma, com redução de 71,80% no crescimento em relação ao controle. A IC50 média foi de 155,2 μg/mL em 72 horas. O crescimento celular em 72 horas foi 3,33% menor nas células tratadas com 2,91 µg/µL de extrato. A apoptose foi o tipo predominante de morte celular em células tratadas com 2,91 µg/µL de extrato. Esses resultados demonstram que o extrato etanólico de cascas de pequi recicladas promove apoptose em células de osteossarcoma canino.
Palavras-chave: Antineoplásico; Cerrado; D-17; osteossarcoma canino; pequi; sustentabilidade; taninos.
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