RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DO PACU (Piaractus mesopotamicus), ALIMENTADO COM RAMA DE MANDIOCA (Manihot esculenta) NA RAÇÃO

Resumo

O Brasil é o maior produtor mundial de mandioca, disponibilizando a rama de mandioca como fonte alternativa na alimentação de peixes onívoros. No entanto, o potencial de uso da rama é limitado pela toxidez do ácido cianídrico. Objetivou-se avaliar a resposta fisiológica do pacu alimentado com níveis crescentes da rama de mandioca. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, em fatorial 4x2, quatro níveis de rama de mandioca (RM) (0%, 12%, 24% e 36%) e dois níveis de proteína bruta (PB) (24% e 30%) com três repetições. Trezentos e doze peixes (55,33±6,19 g) foram distribuídos em 24 viveiros de 13 m2 cada. A RM influenciou a taxa de hemoglobina (P<0,01). Ocorreu interação entre RM e PB para as variáveis hemoglobina, hematócrito, proteína plasmática (P<0,01) e lipídio plasmático (P<0,05). Com 24% de PB foi observado maior valor de Hb nos tratamentos controle (3,51 g/dl) e 36 % de RM (3,25 g/dl), enquanto que, com 30 % de PB, os tratamentos controle e 36 % de RM apresentaram os menores valores, 3,29 g/dl e 2,78 g/dl, respectivamente. Comportamento semelhante foi observado no Ht. As alterações metabólicas observadas evidenciaram que a utilização de até 36% do terço final da RM processado é uma alternativa na alimentação do pacu em crescimento.

PALAVRAS-CHAVES: Metabolismo de peixe, pacu, P. mesopotamicus, rama de mandioca.