Hipocalcemia em vacas leiteiras da agricultura familiar
DOI:
https://doi.org/10.1590/1089-6891v20e-47229Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de hipocalcemia associada ou não a hipomagnesemia em vacas leiteiras de propriedades de agricultura familiar. Foram avaliadas 22 vacas das raças Jersey, Holandesa e Jersolando, no período de transição, oriundas de pequenas propriedades de agricultura familiar, com produção média 12L/leite/dia. A concentração do cálcio total e do magnésio séricos foi determinada por metodologia colorimétrica e cálculo do cálcio ionizado estimado a partir das concentrações séricas do cálcio total, de proteína e albumina. Foi observada hipocalcemia em 50% dos animais no pré-parto (8,2±1,4mg/dL) e 63,6% no pós-parto (7,7±1,7 mg/dL). A redução do cálcio ionizado foi menos frequente, com grande parte dos animais apresentando cálcio ionizado estimado dentro da normalidade, com média de 4,6±0,83 mg/dL no pré-parto e 4,3±1,0 mg/dL no pós-parto. Todos os animais apresentaram concentrações de magnésio sérico dentro da normalidade, descartando-se hipomagnesemia. A concentração média de magnésio no pré-parto foi 2,4±0,3 mg/dL com elevação significativa (p<0,05) no pós-parto para 2,7±0,5 mg/dL. Conclui-se que as vacas leiteiras da agricultura familiar são susceptíveis à ocorrência de hipocalcemia e a ausência de sinais clínicos pode estar relacionada à manutenção da concentração de cálcio ionizado próxima da normalidade associada à ausência de hipomagnesemia.
Palavras-chave: bovinocultura de leite; cálcio; doença metabólica; magnésio
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