Utilização de leite com diferentes concentrações de gordura como diluentes para sêmen equino refrigerado

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-6891v21e-44262

Resumo

Resumo
Dois experimentos foram realizados para verificar a viabilidade de diluentes para sêmen equino refrigerado. O objetivo do primeiro experimento foi verificar a eficiência do leite UHT integral e semidesnatado, comparado ao leite desnatado. Amostras foram analisadas a fresco e posteriormente diluídas em leite UHT integral, semidesnatado e desnatado. Foram realizados exames de motilidade espermática e vigor, CFDA/PI e HOST pós-diluição (0h), e no sêmen refrigerado a 5 ºC após 24 e 48 horas. Não houve diferença entre os três diluentes, quanto à motilidade espermática (p=0,9880), vigor (p=0,7249), CFDA/PI (p=0,3382) e HOST (p > 0,01). Houve uma diminuição na qualidade do sêmen, no decorrer do tempo (p < 0,01), independente do diluente utilizado. Pode-se afirmar que, na falta de leite UHT desnatado, o semidesnatado e o integral podem ser usados, uma vez que eles não provocam prejuízo na qualidade do sêmen refrigerado armazenado por até 48 horas. No segundo experimento, o objetivo foi verificar a eficácia do leite desnatado em comparação com diluentes comerciais (Botusemen® (BS) e Botusemen Special® (BSS)). Logo após a coleta do sêmen, as amostras foram diluídas com leite UHT desnatado (LD), Botusemen® (BS) e Botusemen Special®(BSS). A análise de sêmen seguiu o mesmo protocolo do primeiro experimento. As amostras de sêmen refrigeradas com BSS apresentaram HOST e CFDA/PI (p< 0,001) maiores nas 24h e 48 h o que indica que o diluente BSS promove aumento da longevidade dos espermatozoides em comparação com os outros analisados.
Palavra-chave: diluente; garanhão; leite UHT; refrigeração; sêmen

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Referências

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Publicado

2020-02-05

Como Citar

CASTRO, F. S.; PIMENTEL, A.; MATTOS, R. C.; RECHSTEINER, S. M. da E. F. Utilização de leite com diferentes concentrações de gordura como diluentes para sêmen equino refrigerado. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 21, 2020. DOI: 10.1590/1809-6891v21e-44262. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/44262. Acesso em: 16 jan. 2025.

Edição

Seção

MEDICINA VETERINÁRIA